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Geral

O valor da água

Maria José de Assis - 23 de setembro de 2015 - 09:38

João Guimarães Rosa já afirmava que “A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba”, o que nos faz refletir sobre esse bem precioso que está cada vez mais escasso, mas a maioria da população não tem consciência disso.

Nos últimos anos, o problema hídrico não é só do Nordeste, como vimos há muito tempo. Ele se espalhou pelo mundo afora. No Brasil, o Sudeste é o que mais sofre com esse triste cenário da escassez. Basta abrirmos o jornal, ou acessar sites virtuais e lá está o tema em questão, porém as pessoas ainda não se previnem de forma adequada.
Um dos maiores vilões nesse contexto é o consumidor, muitos deixam torneiras abertas por vários minutos, não economizam no banho, na limpeza da casa e carros, e até lavam asfaltos. Usam esse bem natural de forma irracional, sem pensar na falta total da água. Se ela realmente secar, nossa vida se resumirá no fim, uma vez que sem ela, não há possibilidade de sobrevivência. Sem contar que há muito vazamento nos canos, o que faz com que o desperdício se multiplique cada dia mais.

O Brasil é rico em recurso hídrico. Estudos revelam que 12% da água doce existente na terra está concentrada aqui. Dessa maneira é fácil identificar que somos um país privilegiado. Precisamos cuidar desses dados para que eles não desapareçam das torneiras, nem das nascentes. Quem já presenciou a falta de água, na África ou outros países subdesenvolvidos, sabe perfeitamente que essa porcentagem dada para nós é motivo de comemoração e também de conscientização para que possamos continuar com esse fluido natural.

Precisamos trancar as comportas do desperdício, de forma racional: ensinar nossos filhos tomar banhos menos demorados, limpar a casa com água da chuva ou reutilizada da máquina de lavar roupa. Professores podem fazer a parte deles, dando textos que retratem essa situação; o governo pode melhorar com propostas viáveis de sustentabilidade, construindo mais matas ciliares, próximas às nascentes, bem como trocar encanamentos velhos.

Assim, o ser humano poderá deixar a maior riqueza para seus descendentes: a água.

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