Não faz muito tempo que tivemos o último bate-papo com Mário Mendonça, que faleceu hoje. Ele fazia um boletim de notícias do governo, no programa Rotativa no Ar. Como sabíamos que em julho comemoraria 50 anos de rádio, prolongamos a conversa e ele, contou muito sobre sua vida e a sua paixão, que depois da família, era o rádio. Contou o início da carreira em Goiânia, onde trabalhou na Rádio Brasil Central, a primeira da sua vida. Depois andou por São Paulo e retornou ao seu querido Mato Grosso do Sul, trabalhando em diversas emissoras de rádio e na televisão. O futebol de nosso estado também não foi esquecido. Era outra paixão.
A última vez, que tive a felicidade de abraçá-lo, foi quando estivemos em uma audiência com o Governador Zeca do PT, para discutir a industrialização de Cassilândia. Fomos até a sala, que divide com Raul Ratier, na assessoria de comunicação. E aí, fez questão de nos entrevistar, para a Rádio Patriarca. Uma das poucas entrevistas que já concedi. Afinal, quem entrevista, nunca gosta de ser entrevistado. E não sei o porquê.
Hoje, ao saber do seu falecimento em Campo Grande fiquei pensando em tudo isso. Lembrei, do Mário, com o coração, maior que o seu tamanho. Do Mário, incentivador de quem inicia na árdua missão de ser radialista. Ele encarnava a profissão. Não acredito que o Mário tenha conseguido ter alguém que não gostasse dele. Mas, na vida do jornalista e do radialista, a certeza. Depois de grandes matérias, grandes furos, apenas uma manchete, nunca daremos, a da nossa morte. Que Deus o tenha, Mário.