Os danos causados pelo cigarro à saúde já são bastante conhecidos. As doenças cardiovasculares, entre elas o risco de enfarte; além do câncer no pulmão, na laringe e na boca são alguns resultados comuns do tabagismo. Para os fumantes do sexo masculino, o risco de impotência aumenta 85%. O pior é que os efeitos nocivos não se limitam apenas a quem fuma. Eles atingem também os fumantes passivos. De acordo com o gerente do Instituto Nacional de Câncer, Jorge Sayde, a exposição do não-fumante à fumaça do tabaco já é suficiente para o surgimento de doenças relacionadas ao cigarro.

"Infelizmente, talvez as pessoas nem fizeram uma associação direta, mas algumas doenças que apareceram no pulmão, no trato urinário provavelmente pessoas que não fumavam desenvolveram essas doenças ou adquiriram até um câncer, talvez nem saibam que adquiriram isso porque conviveram com fumante ou freqüentavam lugares muito utilizados por pessoas que fumam."

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Jorge Sayde dá mais detalhes.

"Então, o que se percebe é que a fumaça, de todos os derivados de tabaco, nesses ambientes, gera o que nós chamamos de IPTA, que é o que nós chamamos de poluição tabagística ambiental e que, segundo justamente a Organização Mundial de Saúde, ela é a terceira maior causa de morte evitável no mundo."

O tabagismo passivo só fica atrás do excesso de consumo de álcool, o segundo lugar no ranking de mortes evitáveis; e do número de mortes provocadas pelo tabagismo ativo, na primeira posição da lista.

De Brasília, Marcelo Brito