(Marco ASA) – Campo Grande é uma cidade supimpa. Aqui as pessoas são liberais por baixo dos panos. Aqui o moderno anda de braços dados com o jeito simplório e até inocente de ser. Não acredita? Temos um SUPOSTO caso de SUPOSTA exploração de menores que, SUPOSTAMENTE pode dar um coisa mais grave para um político.
Temos um jornalista que DESCOBRIU (?!?!?!) que nas redes sociais de uma menina (menor), que trabalha SUPOSTAMENTE como garota de programa, constavam os perfis de muitos políticos. E, pasmem, quis associar seus nomes ao perfil da garota.
Temos também uma deputada que propoe (isso mesmo) o fim dos bordéis do Mato Grosso do Sul. Assim, por decreto.
Isso tudo é de uma inocência (???) sem tamanho. Primeiro do político que, inebriado com o poder, chafurdou na carne tenra de duas beldades imberbes. Caiu em uma armadilha e vai ser difícil soltar-se.
Depois, o jornalista acreditar que rede social incrimina alguém é de uma inocência comovente. Como se rede social não fosse terra de ninguém. Eu mesmo, tenho mais de 5000 pessoas envolvidas nas minhas redes sociais (Face, Insta, Twitter etc). No meu caso, são tutti buona gente, mas como atestar a idoneidade de todos. Um político faz uma rede sociail e sai “catando” todo mundo, já que quer o voto de seus seguidores. Agora, associar seus nomes ao de UMA menina que troca, SUPOSTAMENTE, sexo por dinheiro, chega a ser leviano.
Terceiro é a proposta da deputada querer acabar com os prostíbulos. Os mais antigos vão ficar até insultados com fim das casas da luz vermelha. Tornar isso real é o mesmo que acabar com a corrupção, ou seja, impossível. A não ser que a deputada tenha poderes especiais. Se tiver, por favor, senhora deputada, proponha também o fim de todo tipo de tráfico, proiba os assassinatos e o funk no último volume em veículos que passam de madrugada, bem na hora do melhor do meu sono. Tudo por decreto!
Gente, a prostituição, das mais diversas formas, baseou a vida de muita gente famosa e acima de qualquer suspeita de nossa cidade e de nosso estado. Muita gente agencia meninos e meninos para senhores e senhoras abastados da sociedade. Existem até mesmo casos de uniões hoje sólidas nascidas desse tipo de negociação.
Colunistas, festas de arromba, viagens em grupo…tudo é pretexto para que se apresente gente abastada a jovens alpinistas sociais. E isso desde que o mundo é mundo. E vai continuar sendo… O problema é que, com menor de idade, é crime. E ponto!

Marco ASA, ou Marco Antônio dos Santos Araújo, é jornalista, publicitário e escritor. Contatos pelo e-mail [email protected]