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Geral

O recado do padre

Padre Antonio Maurilio - 18 de fevereiro de 2015 - 18:28

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015 - "Fraternidade: Igreja e Sociedade": "Eu vim para servir". (Cf: Mc10,45)

45• Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
• A CF com o texto base mostra a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.
• Campanha da Fraternidade 2015 nos convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.
• retomaremos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana.
• Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos.
• Serão reflexões sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.
• Será aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus, à luz do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.
• Uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Igreja à sociedade”.

TEMPO DA QUARESMA (Cor Roxa)
HOMILIA DAS LEITURAS DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Primeira leitura: Joel 2, 12-18


• Joel é provavelmente um sacerdote-profeta, que vive no Templo, depois do exílio. Fiel ao serviço da Casa de Deus, exorta o povo, que passa por uma grave carestia provocada por uma invasão de gafanhotos (1, 2-2, 10), à oração e à conversão.
• O próprio culto, no templo, tinha cessado (1, 13.16). O profeta, que sabe ler os sinais dos tempos, anuncia a proximidade do dia do senhor, e convida o povo ao jejum, à súplica e à penitência (2, 12.15-17).
• Convertei-vos, grita o profeta. O termo hebraico subjacente é schOb que significa arrepiar caminho, regressar.
• O povo que virara costas a Deus, devia voltar novamente o coração para Ele, e retomar o culto no templo, um culto autêntico, que manifestasse a conversão interior.
• O povo pode voltar novamente para Deus, porque Ele é misericordioso (v. 13), e também pode mudar de idéia e voltar atrás (v. 14).
• Um amor sincero a Deus, uma fé consistente, e uma esperança que se torna oração coral e penitente, darão ao profeta e aos sacerdotes as devidas condições para implorarem a compaixão de Deus para com o seu povo.

• Segunda leitura: 2 Coríntios 5, 20 - 6,2


• «Reconciliai-vos com Deus», é o apelo de Paulo. A reconciliação é possível, porque essa é a vontade do Pai, manifestada na obra redentora do Filho e no poder do Espírito que apóia o serviço dos apóstolos.
• O v. 21 é o ponto alto do texto, pois proclama o juízo de Deus sobre o pecado e o seu incomensurável amor pelos pecadores, pelos quais não poupou o seu próprio Filho (cf. Rm 5, 8; 8, 32).
• Cristo carregou sobre si o pecado do mundo e expiou-o na sua própria carne. Assim, podemos apropriar-nos da sua justiça-santidade.
• O Inocente tornou-se pecado para nos pudéssemos tornar justiça de Deus. E, agora, o tempo favorável para aproveitar essa graça: deixemo-nos reconciliar (katallássein) com Deus.
• O termo grego indica a transformação da nossa relação com Deus e, por consequência, da nossa relação com os outros homens.
• Acolhendo o amor de Deus, que nos leva a vivermos, não já para nós mesmos, mas para Aquele que morreu e ressuscitou por nós (w. 14s.), podemos tornar-nos nova criação em Cristo (5, 18).
• Evangelho: Mateus 6, 1-6.16-18
• Jesus pede aos seus discípulos uma justiça superior à dos escribas e fariseus, mesmo quando praticam as mesmas obras que eles.: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles».
• Agora aplica esse princípio a algumas práticas religiosas do seu tempo: a esmola, o jejum e a oração. Há que estar atentos às motivações que nos levam a dar esmola, a orar, a jejuar, porque o Pai vê o que está oculto, os sentimentos profundos do coração.
• Se buscamos o aplauso dos homens, a vanglória, Deus nada tem para nos dar. Mas se buscamos a relação íntima e pessoal com Ele, a comunhão com Ele, seremos recompensados.
• A Liturgia da Palavra dá-nos, hoje, a orientação correta para vivermos frutuosa mente a Quaresma, tempo favorável de graça, dia de salvação.
• Penitência e arrependimento não são caminho de tristeza, de depressão, mas caminho de luz e de alegria, porque, se nos levam a reconhecer a nossa verdade de pecadores, também nos abrem ao amor e à misericórdia de Deus.
• O profeta, em nome de Deus, convida o povo a percorrer o caminho da esperança, fazendo penitência; os apóstolos recebem de Deus o ministério da reconciliação; a Igreja repete a boa nova: É este o tempo favorável é este o dia da salvação» (2 Cor 6, 2). Com todo o povo de Deus, somos convidados a arrepiar caminho, a voltar-nos para o Senhor, a deixar-nos reconciliar, a dar a Cristo ocasião de tomar sobre Si o nosso pecado, porque só Ele o conhece e pode expiar.
• Renovados pelo amor, podemos viver alegre e confiadamente na presença de Deus, nosso Pai, cumprindo humildemente tudo quanto Lhe agrada e é útil para os irmãos. E a presença do Pai, no mais íntimo de nós mesmos, garante-nos a verdadeira alegria.
• Jesus, no evangelho, mostra-nos qual deve ser a nossa atitude quando praticamos obras de penitência (tais como a esmola, a oração, o jejum), e insiste na retidão interior, garantida pela intimidade com o Pai.
• Era essa a atitude e a orientação do próprio Jesus em todas as suas palavras e obras. Nada fazia para ser admirado pelos homens. Nós podemos ser tentados a fazer o bem para obtermos a admiração dos outros. Essa atitude, fecha-nos em nós mesmos, projeta-nos para fora de nós, tornando-nos dependentes da opinião dos outros.
• Há, pois, que fazer o bem porque é bem, e porque Deus é Deus, e nos dá oportunidade de vivermos em intimidade e solidariedade com Ele, para bem dos nossos irmãos.
• Estar cheios de Deus, viver na sua presença, é a máxima alegria neste mundo, e garante-nos essa mesma situação, levada à perfeição, no outro.
• Converter-se "ao Evangelho"! O Evangelho para nós, mais do que um livro, é uma pessoa, Jesus Cristo. É necessária a "conversão" ao verdadeiro conhecimento de Cristo.
• Não um conhecimento intelectual, como aquele que se obtém nas aulas de teologia. É preciso um conhecimento de fé, uma experiência viva, como aquela de fala S. Paulo: "Na verdade, em tudo isso só vejo dano, comparado com o supremo conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor.
• Por Ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo ... Assim poderei conhecê-Io, a Ele, à força da Sua Ressurreição e à comunhão nos seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição.
• Não que eu já tenha alcançado a meta, ou que já seja perfeito, mas prossigo a minha carreira para ver se de algum modo a poderei alcançar, visto que já fui alcançado por Jesus Cristd' (Fil 3, 8.10-13).
• Façamos nesta Quaresma as obras de penitência que pudermos. Mas façamo-Ias na intimidade e na presença do Senhor, que havemos de procurar na oração, na Eucaristia, na comunidade.

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