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O que são suplementos alimentares?

Portal Educação Física - 14 de janeiro de 2016 - 11:00

Suplementos são vitaminas e/ou minerais isolados ou combinados entre si, que não ultrapassem 100% da Ingestão Diária Recomendada (DRI). Quando maior que 100% da DRI, o suplemento somente deve ser comercializado sob prescrição médica e/ou nutricionista.

Já outros recursos ergogênicos (recursos ergogênicos são substâncias ou artifícios utilizados com o objetivo de melhorar o desempenho esportivo e a recuperação após o exercícios) nutricionais utilizados na busca de um maior desempenho esportivo, como aminoácidos, hipercalóricos, bebidas isotônicas, produtos a base de carboidratos, entre outros são classificados, de acordo com a portaria n° 222, de 24 de março de 1988, do ministro da Saúde, em cinco categorias distintas:

* Repositores hidroeletrolíticos: esses produtos são formulados a partir de concentração variada de eletrólitos, associada a concentrações variadas de carboidratos, como objetivo de reposição hídrica e eletrolítica decorrente da prática de atividade física.

* Repositores energéticos: são produtos formulados com nutrientes que permitem o alcance e/ou manutenção do nível apropriado de energia para atletas.

* Alimentos proteicos: são produtos como predominância de proteínas isoladas, ou não, em sua composição, formulados com o intuito de aumentar a ingestão desses nutrientes ou completar a dieta dos atletas, cuja necessidades proteicas não estejam sendo satisfatoriamente supridas pelas fontes habituais.

* Alimentos compensadores: produtos formulados de forma variada para serem utilizados na adequação de nutrientes da dieta de praticantes de atividade física. Estes ainda devem ser formulados seguindo alguns critérios como:

– Carboidrato: abaixo de 90%

– Proteínas: da quantidade total, no mínimo 65% deve ser de alto valor biológico.

– Lipídios: deve conter uma concentração equivalente a um terço de gorduras, monoinsaturada e poli-insaturadas.

– Pode ser acrescido ou não vitaminas desde que não ultrapasse a IDR de um adulto.

Por sua vez, o Dietary Suplements Health and Education ACT (DSHEA) define suplementos nutricionais como produtos alimentícios acrescido à dieta e que contenham na sua composição pelo menos um dos seguintes ingredientes: vitaminas, minerais, ervas ou plantas, aminoácidos, extrato ou combinação de qualquer um desses ingredientes.

Define-se também, como suplementos alimentar, algo que é somado à dieta, principalmente para a correção de alguma carência nutricional, não sendo apenas utilizado como um recurso ergogênico voltado para o desempenho esportivo.

Afinal de contas, quem precisa de suplementação?
Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, a saúde caracterizada como um completo bem-estar físico, social e mental. Dessa forma, uma pessoa pode estar abaixo de seus níveis ótimos de bem-estar celular, orgânico, psicológico, social e anda não apresentar nenhum sintoma de doenças; mesmo assim, o seu nível de saúde pode estar subotimizado. Tal individuo, em um conceito mais amplo, não é considerado saudável.

A ingestão adequada de nutrientes é essencial para a manutenção da saúde do nosso organismo. Isso fica claro em razão do grande número de estudos realizados que buscam elaborar recomendações em relação a quantidade ideais de nutrientes que devem ser ingeridas na dieta. No entanto não existem tabelas de recomendações oriundas de estudos desenvolvidos com a população brasileira.

As RDA’s são elaboradas pensando na absorção incompleta, nas variações individuais das necessidades diárias e na biodisponibilidade dos nutrientes, buscando atender às necessidades diárias de um individuo saudável. Entretanto, essas recomendações não são elaboradas visando atender o individuo saudável. Entretanto, essas recomendações não são elaboradas visando atender indivíduos que praticam exercícios físicos reguladores.

Valores de referencias segundo as RDA’s para algumas vitaminas e minerais para um indivíduo adulto.

Os praticantes de exercícios físicos regulares e, principalmente, os atletas têm uma demanda alimentar superior à das pessoas sedentárias, daí que sua recomendação das RDI’s é elaborada. Dessa forma, podem ocorrer deficiências na concentração dos macro e micronutrientes, alterando o desempenho, principalmente quando se trata de esportes de alto rendimento. Nesse sentido a utilização de suplemento, sobretudo por atletas, torna-se fundamental, pois são criadas lacunas que uma refeição cotidiana não consegue suprir fornecendo suporte para que sejam alcançados os seguintes objetivos:

* aumentar os estoques energéticos em células musculares hepáticas;

* fornecer íons perdidos durante a transpiração;

* acelerar o processo de recuperação após o treinamento e a competição.

Na busca pelo desempenho físico esportivo diversos fatores são extremamente importantes para que o atleta possa atingir o Máximo de seu rendimento físico. Nesse sentido, não podemos deixar de lado a Nutrição Esportiva, porque existem vários fatores alimentares que podem influenciar os aspectos biomecânicos, psicológicos e fisiológicos do esporte. Por exemplo, perder o excesso de gordura corporal melhora a eficiência biomecânica, ingerir carboidratos durante o exercício possibilita a manutenção das concentrações normais de glicose no sangue, consumir quantidade adequada de ferro garante uma boa concentração de hemoglobina, com o consequentemente suprimento de oxigênio aos músculos. Lembrando que a suplementação é individual e dever ser prescrita por nutricionista.

(Juliana Monteiro Senra, nutricionista CRN1/10456, pós-graduanda em Nutrição Esportiva – Fanut)

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