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O que levar em consideração na hora da difícil escolha dos convidados?

Campo Grande News/ Karla Lyara - 22 de novembro de 2014 - 08:00

“A lista é a parte mais complicada na hora organizar o casamento”. A frase é da noiva Fabíola Misori, mas representa unanimidade para os casais na hora de selecionar os convidados. Mas difícil que fazer, é cortar e ter que reduzi-la. O número de pessoas para o grande dia vai refletir diretamente no bolso. Então, o que levar em consideração na hora da escolha?

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O primeiro passo é decidirem quanto se pretende gastar com a festa. Maior a lista, maior o investimento. Se estiverem a fim de economizar, melhor selecionarem a dedo. Decidam, primeiramente, o perfil do evento. Vai ser uma festa intimista ou algo grandioso? É importante que o casal faça duas listas, uma da noiva e outra do noivo, com as pessoas mais próximas, incluindo amigos e familiares. Depois juntem e transformem em uma só. Para evitar repetições de nome, elaborem a relação em ordem alfabética e coloquem à frente o nome do par ou o número de membros da família.

A dúvida é se a divisão da lista precisa ser igual para os dois. Não necessariamente. Isso depende muito do bom censo, principalmente se uma família de um é maior que a do outro. Essa é uma questão que pode ser combinada para facilitar a quantidade total. Abrir mão da parte maior é a primeira tarefa do companheirismo da vida a dois.

Na hora de selecionarem os familiares, chamem aqueles que vocês convivem mais, que participam das confraternizações e que são presentes na vida dos dois. Antigamente, os casamentos eram de 400 convidados para cima, até pelo fato da tradição dos pais bancarem com os custos. Convidavam-se vizinhos, amigos dos pais e a árvore genealógica inteira.

As coisas mudaram e a tendência é optar por festas mais íntimas. Os chamados mini weddings, modelo de casamentos europeus, vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Nada mais é do que mini casamentos, com uma lista que não passa de 70 pessoas. Essa é uma opção para os que querem economizar e fazer uma confraternização mais personalizada. Os noivos aproveitam com os convidados, reduzem o tempo das fotos, comem sem pressa e curtem a noite, que foi feita para eles, mas que nem sempre sobra tempo para aproveitar.

Difícil né? Deixar algumas pessoas de fora é o mais complicado para quem está noivo (a). Sem contar os que se auto-convidam. Foi assim com Beatriz Defendi, que casou em agosto. Ela optou por casar na igreja de véu e grinalda e fez uma recepção somente para pais, padrinhos e familiares mais próximos. “Foi aquela guerra, de quem entra e quem sai da lista, pois realmente não podíamos gastar muito. Resolvemos investir na Lua de mel e em nosso apartamento, mas houve muitos desconfortos por parte de algumas pessoas nos cobrando”, comenta.

Vicky Yoshihara, que casa em 2015, criou uma lista do “se der”, que estão pessoas que convivem, mas não são tão “chegadas”. Ela também reservou alguns convites para os solteiros, que possam estar em um relacionamento na época do casamento. “Comecei colocando a família e os amigos realmente próximos. É importante deixar aqueles convites extras para os solteiros, porque na época da festa eles podem estar namorando”, comenta a noiva.

Escolher quem chamar do serviço também é uma tarefa árdua, principalmente para os que trabalham em grandes empresas. Muitas pessoas ficam chateadas pelo fato de não ter sido convidadas. Contudo, sempre digo para meus clientes: quem realmente são amigos de verdade e amadurecidos vão entender e respeitar. A noiva Fabíola Misori, por exemplo, optou por deixar de fora aqueles que se afastaram e que não se fazem presentes no dia a dia. No trabalho, foi forçada a selecionar. “Infelizmente no meu serviço é muita gente. Optei por dar prioridade aos colegas do meu setor e os que tenho mais tempo de amizade”, destaca. Se não for possível que todos festejem com vocês, poupem comentários sobre o casamento no ambiente profissional, evitando assim constrangimentos.

E os pais podem opinar? Bom, essa é uma parte delicada e deve ser tratada com bastante sabedoria. A festa é do casal. No entanto, é aconselhável ceder alguns convites para os pais de ambas às partes, principalmente se os mesmos contribuírem para a realização do evento. Este é um gesto educado e nada melhor que uma conversa, deixando claro os custos envolvidos e as limitações.

Se fora chamar um amigo só, sem sua família, coloque o nome individual dele. Em alguns casos, é válido explicar que a lista é para os mais íntimos, por isso algumas pessoas ficaram de fora. É difícil prever, mas a margem de convidados faltantes é de 10 a 20% na maioria das vezes. É por isso que o serviço de confirmação de presença é fundamental. Os convites agora vêm com a solicitação: RSVP, sigla para Répondez S'il Vous Plaît, expressão francesa que significa em português: “Responda por favor”. Geralmente, vem com o telefone, e-mail ou site para a confirmação. Mas um cerimonial pode auxiliar nessa tarefa, ligando para os convidados perto da data e garantindo mais precisão.

Uma dica é não convidar ninguém por obrigação. O grande dia é único e vocês devem estar cercados de pessoas queridas, principalmente que fazem parte da vida do casal. O critério principal é a vontade de compartilhar e celebrar este momento único com quem realmente importa. Boa sorte!

Karla Lyara é jornalista, cerimonialista, assessora de eventos e colaboradora do Lado B

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