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O que foi falado na reunião do governador com Donizete
Controle de gastos, corte de despesas e medidas de estímulo à arrecadação de impostos devem reverter a situação deficitária da Prefeitura de Cassilândia já no próximo mês, acredita o prefeito José Donizete Ferreira Freitas, que afirma ter herdado um quadro preocupante de seu antecessor. Em audiência com o governador Zeca do PT e secretários de Estado, o prefeito apresentou um balanço da situação, relatou as medidas já adotadas e os projetos de melhorias previstos, e conheceu os programas que o governo implementará nos próximos dois anos em apoio aos municípios.
A folha está inchada, existe um funcionário público para cada grupo de 36 habitantes. Todas as receitas da Prefeitura, incluindo os repasses do Estado e da União, somam R$ 1,1 milhão ao mês. A arrecadação de ISS [Imposto Sobre Serviços] é menor que a média nacional para os pequenos municípios: apenas R$ 140 mil ao ano. Enfim, no ano passado as contas da Prefeitura fecharam com déficit mensal de R$ 100 mil. Fomos obrigados a tomar decisões emergenciais nesse início de gestão para equilibrar as contas públicas e acreditamos que já em fevereiro vamos sair da situação de déficit e fechar as contas com superávit de R$ 60 mil, contou o prefeito.
José Donizete veio acompanhado de secretários municipais, assessores e vereadores dos partidos que apoiaram sua eleição. Participaram da audiência a presidente do Cogeps (Conselho Estadual de Gestão das Políticas Sociais), Gilda Maria Gomes dos Santos, secretários de Coordenação Geral do Governo, Raufi Marques, de Infra-Estrutura e Habitação, Paulo Duarte, de Educação, Hélio Lima e de Desenvolvimento Agrário, Valteci Ribeiro Júnior; os diretores-presidentes da Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos), Carlos Augusto Longo Pereira e da Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular), Amarildo Cruz.
Eficiência Zeca elogiou a disposição do prefeito de implantar um modelo moderno de gestão e lembrou que foi a reforma administrativa implantada no início de sua primeira gestão que possibilitou o equilíbrio das contas públicas e a retomada dos investimentos. Está provado que o empreguismo não resolve, disse Zeca, citando o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka, como exemplo de administrador competente, eficiente e corajoso, que enxugou a folha de pagamento, conteve despesas e conseguiu a reeleição com tranqüilidade.
O que depender de nós, vamos trabalhar para ajudar, prontificou-se o governador. José Donizete fez, então, um breve relato dos problemas mais urgentes da cidade, como a recuperação das ruas pavimentadas, asfaltamento de três bairros que ainda não têm o benefício, programas para atender 900 crianças e elegeu a geração de empregos como meta prioritária para esse ano. Nesse sentido, o prefeito procura viabilizar a implantação de uma fecularia no município para processar a produção de 750 hectares ocupados pela cultura de mandioca. Gera muito emprego no campo, argumentou.
O secretário de Desenvolvimento Agrário adiantou que o Idaterra (Instituto de Desenvolvimento Agrário, Assistência Técnica e Extensão Rural) vai abrir um escritório em Cassilândia, disponibilizando técnicos para ajudar na criação de gado leiteiro, piscicultura e mandiocultura. Vamos focar nossos esforços nessas três áreas na região de Cassilândia, disse Valteci.
A presidente do Cogeps ressaltou que são atendidas, atualmente, 540 famílias pelos programas Segurança Alimentar e Bolsa Escola na cidade de Cassilândia. Gilda dos Santos propôs uma parceria com a prefeitura para melhorar a qualidade do atendimento, levando, sobretudo, assistência à saúde e possibilitando que as famílias conquistem plena cidadania e se tornem independentes.
Os secretários de Infra-Estrutura e Educação também relataram os projetos encaminhados nas referidas pastas para atender o município de Cassilândia, que incluem reforma e ampliação do hospital local, de escolas, recuperação de estradas vicinais e pavimentação urbana. Desde o início do primeiro mandato do governador Zeca do PT, em 1999, Cassilândia já recebeu 305 casas através do projeto Tijolo por Tijolo, em que a Prefeitura doa o terreno para o morador e o Estado paga a mão-de-obra e financia o material de construção. Amarildo Cruz disse que até 2006 há a previsão de construir mais 100 casas pelo mesmo sistema. Também participou da reunião o sub-secretário de Integração com o Interior, Marcos Roberto Carvalho de Melo (Beto).
João Prestes - APn