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O que foi falado na reunião do governador com Donizete

Agência Popular - 27 de janeiro de 2005 - 09:54

Saul Schramm Jr - APn
Saul Schramm Jr - APn

Controle de gastos, corte de despesas e medidas de estímulo à arrecadação de impostos devem reverter a situação deficitária da Prefeitura de Cassilândia já no próximo mês, acredita o prefeito José Donizete Ferreira Freitas, que afirma ter herdado um quadro preocupante de seu antecessor. Em audiência com o governador Zeca do PT e secretários de Estado, o prefeito apresentou um balanço da situação, relatou as medidas já adotadas e os projetos de melhorias previstos, e conheceu os programas que o governo implementará nos próximos dois anos em apoio aos municípios.

“A folha está inchada, existe um funcionário público para cada grupo de 36 habitantes. Todas as receitas da Prefeitura, incluindo os repasses do Estado e da União, somam R$ 1,1 milhão ao mês. A arrecadação de ISS [Imposto Sobre Serviços] é menor que a média nacional para os pequenos municípios: apenas R$ 140 mil ao ano. Enfim, no ano passado as contas da Prefeitura fecharam com déficit mensal de R$ 100 mil. Fomos obrigados a tomar decisões emergenciais nesse início de gestão para equilibrar as contas públicas e acreditamos que já em fevereiro vamos sair da situação de déficit e fechar as contas com superávit de R$ 60 mil”, contou o prefeito.

José Donizete veio acompanhado de secretários municipais, assessores e vereadores dos partidos que apoiaram sua eleição. Participaram da audiência a presidente do Cogeps (Conselho Estadual de Gestão das Políticas Sociais), Gilda Maria Gomes dos Santos, secretários de Coordenação Geral do Governo, Raufi Marques, de Infra-Estrutura e Habitação, Paulo Duarte, de Educação, Hélio Lima e de Desenvolvimento Agrário, Valteci Ribeiro Júnior; os diretores-presidentes da Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos), Carlos Augusto Longo Pereira e da Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular), Amarildo Cruz.

Eficiência – Zeca elogiou a disposição do prefeito de implantar um modelo moderno de gestão e lembrou que foi a reforma administrativa implantada no início de sua primeira gestão que possibilitou o equilíbrio das contas públicas e a retomada dos investimentos. “Está provado que o empreguismo não resolve”, disse Zeca, citando o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka, como exemplo de administrador competente, eficiente e corajoso, que enxugou a folha de pagamento, conteve despesas e conseguiu a reeleição com tranqüilidade.

“O que depender de nós, vamos trabalhar para ajudar”, prontificou-se o governador. José Donizete fez, então, um breve relato dos problemas mais urgentes da cidade, como a recuperação das ruas pavimentadas, asfaltamento de três bairros que ainda não têm o benefício, programas para atender 900 crianças e elegeu a geração de empregos como meta prioritária para esse ano. Nesse sentido, o prefeito procura viabilizar a implantação de uma fecularia no município para processar a produção de 750 hectares ocupados pela cultura de mandioca. “Gera muito emprego no campo”, argumentou.

O secretário de Desenvolvimento Agrário adiantou que o Idaterra (Instituto de Desenvolvimento Agrário, Assistência Técnica e Extensão Rural) vai abrir um escritório em Cassilândia, disponibilizando técnicos para ajudar na criação de gado leiteiro, piscicultura e mandiocultura. “Vamos focar nossos esforços nessas três áreas na região de Cassilândia”, disse Valteci.

A presidente do Cogeps ressaltou que são atendidas, atualmente, 540 famílias pelos programas Segurança Alimentar e Bolsa Escola na cidade de Cassilândia. Gilda dos Santos propôs uma parceria com a prefeitura para “melhorar a qualidade do atendimento”, levando, sobretudo, assistência à saúde e possibilitando que as famílias conquistem plena cidadania e se tornem independentes.

Os secretários de Infra-Estrutura e Educação também relataram os projetos encaminhados nas referidas pastas para atender o município de Cassilândia, que incluem reforma e ampliação do hospital local, de escolas, recuperação de estradas vicinais e pavimentação urbana. Desde o início do primeiro mandato do governador Zeca do PT, em 1999, Cassilândia já recebeu 305 casas através do projeto Tijolo por Tijolo, em que a Prefeitura doa o terreno para o morador e o Estado paga a mão-de-obra e financia o material de construção. Amarildo Cruz disse que até 2006 há a previsão de construir mais 100 casas pelo mesmo sistema. Também participou da reunião o sub-secretário de Integração com o Interior, Marcos Roberto Carvalho de Melo (Beto).



João Prestes - APn

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