Amigos. Depois do vexame 7 a 1, dos estádios bilionários da Copa do Mundo - e, alguns deles, já se deteriorando -, desses escândalos da FIFA, desses jogos na TV que começam 22 horas e que eu não tenho mais condição de ficar acordado para assisti-los (no outro dia tenho que levantar cedo para trabalhar), dessa badalação sobre jogador de futebol não porque fez bela jogada no campo, mas porque mudou o penteado ou fez uma tatuagem, entre outros motivos, confesso que o futebol está indo embora da minha preferência esportiva, da minha TV, do meu celular.

Ainda mais quando assisto aos jogos Olímpicos ou ao PAN, como agora no Canadá, e vejo atletas verdadeiros, que dão o sangue e o suor pra valer sempre pensando no... Brasil. É! Eles choram quando perdem a medalha porque queriam ver a bandeira do nosso país lá em cima. Isso me emociona muito. Muitos dos atletas vencedores no PAN fazem questão de agradecer às Forças Armadas porque, sem elas, nem teriam lugar para treinar. Muitos são amadores, ganham pouco ou nada. Os patrocinados têm salários que não chegam perto de um desses jogadores que ficam levando cartão vermelho para não jogar porque querem ser transferidos para outro time.

O futebol no Brasil está a cara do Brasil da Laja Jato. No sentido de não ter mais credibilidade. Já era.

Prefiro a autenticidade e a simplicidade de atletas quase desconhecidos. Que saem no braço, literalmente, para que a nossa bandeira seja hasteada lá em cima. Aliás, dizem que somos um povo chorão e sentimental demais (por casa dos chorões da seleção na copa), mas ganhamos quase tudo no judô e agora no karatê também, além do taekwondo. Tem nada de chorão não! Isso é coisa desses jogadores de futebol mimadinhos da imprensa que fogem até de bater pênalti na Copa. Brasileiro bom, esses do PAN, vão no braço e estão vindo com um monte de medalhas.

As Olimpíadas estão vindo aí. Pelo jeito pode ser o marco para eu dizer adeus ao futebol de uma vez por todas.

Postado no Facebook do juiz de Direito Evandro Pelarin