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Nutrição: o que você precisa saber antes de começar uma dieta?

Correio do Estado - 10 de fevereiro de 2020 - 18:00

É difícil encontrar uma pessoa que nunca tentou seguir uma dieta na vida. Pode ter sido aquela receita pronta da internet, uma feita pela nutricionista ou até em momentos mais desesperados, optando por aquela versão da celebridade que perdeu 20 kg em uma semana. Porém, ao contrário do que pensamos, nunca é fácil manter o foco e continuar com todas as calorias na linha, sem dar aquela escorregada que vai bem além do final de semana.

Desta forma, o que nós deveríamos saber antes de começar qualquer dieta?

O primeiro ponto é tentar descobrir por que você deseja tanto perder peso. Nem sempre o padrão da sociedade é o que vai fazer bem para a sua vida. Então, reflita bem sobre as necessidades do seu corpo e da sua mente. A lição número 1 é não ceder a pressão estética.

Nas palavras da nutricionista Annelise Manfrinatti, o segredo da vida é o “autoconhecimento”, até na relação com a comida. “A nutrição é muito individual, tem a ver com a fisiologia, a genética, a rotina, o estilo de vida e o estado psicológico de cada um. Sempre procuro perguntar a história da pessoa com a alimentação e com o emagrecimento, o que ela já tentou e não funcionou, porque dependendo da história de cada um, o caminho será diferente”, explica.

A lição número dois, segundo Annelise, é compreender que nem todas as receitas prontas servem para todo mundo. Tem gente que nasceu para seguir a dieta low carb – com restrição de carboidrato – enquanto outros nunca vão se adaptar a essa proposta, sendo que tentar de todas as formas só tornará o processo mais doloroso. “Muitas pessoas caem no ciclo vicioso da dieta. Sempre tentando uma coisa nova e por um curto período. Isso acaba resultando no efeito sanfona”, afirma.

São nessas tentativas que caímos no erro de endeusar ou demonizar um alimento - como os carboidratos. “Muitas pessoas que estudam comportamento alimentar explicam que as dietas muito restritivas não funcionam por um longo tempo. A maioria das vezes a pessoa terá um resultado rápido porque perde, na verdade, muita água e músculo, ao invés de gordura”, acredita Annelise.

Segundo a nutricionista, é a história de que “tudo que vem fácil, vai embora fácil”. O melhor é deixar de lado as três colheres de sopa de arroz integral e as três castanhas do Pará do lanche, e investir na paciência e na praticidade. “Tente buscar alimentos que estejam dentro da sua rotina, que você goste de fazer ou que seja mais prático no cotidiano”, indica.

Por fim, cuidado com o estado emocional. Aquela história de válvula de escape é verdadeira. “Muitas vezes percebo na consulta que há outras questões por trás da relação com a comida, que vem desde a infância até os problemas no trabalho e em relacionamentos amorosos. A comida acaba virando uma válvula de escape, a pessoa não tem mais controle. Para nós, o alimento traz conforto e nessas horas quanto mais doce, mais rico em caloria, mais teremos a sensação de prazer e bem-estar”, confirma Annelise.

Ou seja, façam terapia!

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