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Nutrição Funcional na Gestação

Cuidado Materno - 08 de outubro de 2015 - 09:00

Durante o período gestacional, uma atenção especial deve ser dada a sua alimentação, pois neste momento suas necessidades nutricionais estão aumentadas. Os fatores que influenciam os requerimentos energéticos são: aumento da taxa metabólica basal (TMB) para suportar o custo requerido para o crescimento e desenvolvimento do produto da concepção (feto, placenta, liquido amniótico); permitir os ajustes fisiológicos maternos tais como expansão do volume sanguíneo, desenvolvimento das estruturas maternas (mamas, útero e reservas para a fase final da gestação e lactação) e atividade física materna.

A TMB aumenta devido ao aumento da massa de tecidos metabolicamente ativos, aumento do trabalho cardiovascular, renal e respiratório e síntese de tecidos novos. Ao contrário do que em geral se diz estas mudanças não significam "comer por dois", e sim "para dois", fazendo uma dieta balanceada suprindo suas exigências nutricionais e a do bebê sem que haja excessos que levem a um ganho de peso além do esperado ou déficit calórico, interferindo no estado nutricional da mãe e/ou do bebê. Os requerimentos energéticos são maiores a partir do inicio do segundo trimestre, por volta da décima segunda semana, fase na qual ocorre a constituição das reservas energéticas maternas. Isso se traduz em mais ou menos 300Kcal/dia, segundo os comitês oficiais da FAO/OMS, baseando-se na estimativa do custo energético gestacional de cada paciente.

Qualquer intervenção nutricional nunca é tardia para um melhor estado nutricional da mãe e do bebê. Tanto as gestantes com excesso de peso, quanto às de peso normal podem apresentar carências nutricionais, porém a gestante obesa apresenta maior risco de complicações clínicas como nascimento prematuro do bebê, partos cesarianas, riscos de hipertensão, diabetes gestacional, infecções urinária, eclampsia, toxemia, desordens tromboembólicas e problemas cardiorrespiratórios e circulatórios. Já a gestante desnutrida apresenta maior risco de ter bebês com obesidade, hipertensão, hiperinsulinemia,...

Uma alimentação equilibrada deve conter os três grupos de alimentos: construtores, reguladores e energéticos.

Construtores: fonte de proteínas - carnes, ovos, peixes, leite, derivados e leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico).

Reguladores: fonte de vitaminas e minerais – frutas, legumes e verduras.

Energéticos: fonte de carboidratos e gordura - óleo, azeites, manteiga, pão, batata, arroz, macarrão, doces (devem ser usados com moderação).

Para a gestante o grupo dos alimentos construtores é de grande importância, pois além de serem alimentos protéicos (imprescindíveis para a formação de tecidos) também são aqueles ricos em ferro e cálcio, minerais estes que na gestação apresentam suas necessidades aumentadas.

O principal determinante do crescimento fetal é o ambiente nutricional e hormonal no qual o feto se desenvolve e, em particular, o suprimento de nutrientes e oxigênio.
Vários fatores relacionados à mãe interferem diretamente sobre o resultado do concepto, principalmente o consumo nutricional adequado e o estado nutricional geral.
Evitar hidratantes corporais muito coloridos e cheirosos para diminuir toxicidade, pois existem vários trabalhos mostrando que 20% das toxinas maternas passam para o bebê.

No primeiro trimestre, a gestante deve manter sua ingestão energética semelhante a do período pré gestacional, considerando a melhora na qualidade e cuidados com a quantidade dos alimentos. Nessa fase há ausência de acréscimos calóricos.

A orientação de um plano alimentar hipoalergênico e individualizado para a mãe durante a gestação e lactação do bebê diminui a sensibilização da criança nos primeiros anos de vida. É importante EVITAR substâncias artificiais, como corantes, conservantes, aditivos químicos, adoçantes artificiais, alimentos industrializados e variar bastante a sua dieta fazendo uma rotatividade nos alimentos consumidos.

Nutrição Funcional na Gestação

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