Uma cadeia destruída e a decorrente sensação de impunidade fomentaram no último mês a violência no município de Rio Brilhante, a 161 km de Campo Grande. Em novembro, quatro homens foram mortos. Dezembro já contabiliza um assassinato. Atuando na delegacia da cidade há um ano e meio, o delegado de Polícia Civil, Ralph Grem de Oliveira, conta que houve redução no índice de homicídios, mas nos últimos 30 dias, os casos voltaram a ocorrer com regularidade.

Em geral, predomina motivos banais, uso de facas e autores conhecidos. Ele lembra que no início de novembro, a cadeia pública da cidade ficou destruída após um motim. Para a população, ficou a sensação de insegurança. “Não tem cadeia para segregar ninguém”, enfatiza o delegado. Conforme Ralph, “ainda bem que por enquanto aconteceram crimes afiançáveis”. E até mesmo os valores das fianças foram revistos.

No momento, a cadeia foi esvaziada, mas o comandante da PM (Polícia Militar) já enviou ofício informando que os policiais não tomarão mais conta dos presos. “Estamos em contato para que esse posicionamento seja revisto. Se a Polícia Civil tiver que assumir a cadeia, será um caos”, prevê.



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