O número de focos de queimadas em Mato Grosso do Sul teve redução de 19,2% no período de 1º de janeiro a 07 de agosto deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o monitoramento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), até a última terça-feira foram contabilizados 758 focos de calor no Estado. Nesta mesma época em 2006, o total chegou a 938 casos.

O coordenador estadual do Prevfogo, Márcio Ferreira Yule, destacou ao Diário Corumbaense que os casos de queimadas reduzem gradativamente. Em 2005, Mato Grosso do Sul teve 2.866 focos de incêndios florestais, de acordo com levantamentos do satélite NOAA-12.

Segundo a Coordenação Estadual do Prevfogo, entre os fatores para a diminuição estão a sensibilização da população e as multas de R$ 1 mil por hectare queimado irregularmente e de R$ 1,5 mil se a queima aconteceu em área de preservação; além da pena de reclusão de até quatro anos. Yule ressaltou também que o Ibama atua, para inibir as queimadas, com brigadas e o satélite que informa a localização dos focos; além de atividades educativas nas escolas. As queimadas controladas estão suspensas até 30 de setembro em Mato Gross do Sul.

Situação tranqüila- Embora Corumbá permaneça com os maiores registros de queimadas do Estado, os números estão caindo sensivelmente na cidade. De janeiro a julho de 2007, foram 91 focos. Em agosto, o Ibama já contabilizou 28 casos. “Estamos com a situação tranqüila, Corumbá não apresenta, até o momento, grande quantidade de queimadas”, observou Márcio Yule.

As estatísticas do Prevfogo mostram que anualmente, o município vem reduzindo os índices. Mesmo assim, no ano passado, a cidade foi a campeã em incidência de incêndios florestais com 468 focos. O período crítico foi em novembro, com 141 focos. Em 2002, ano de maior incidência de queimadas no Pantanal, Corumbá contabilizou com 5.415 focos de incêndio florestal de janeiro a dezembro. A contabilização diária passou a ser feita em 2001, na região.

Na avaliação do coordenador, pelo menos duas razões podem explicar os baixos índices. Uma delas seria a cheia que o Pantanal enfrentou ano passado e que se repetiu este ano. O alto nível das águas dificulta o acesso do homem e, onde ele não está presente, “não tem fogo”. A segunda causa, seria, o trabalho de sensibilização sobre a questão, iniciado em 2000, que “está surtindo efeito, com a devida orientação sobre o uso correto do fogo”, observou.

O Prevfogo é responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais e por campanhas educativas; treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas; monitoramento; pesquisa e manejo de fogo.