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Novos focos de raiva bovina confirmados em MS
Os registros constantes de novos casos de raiva bovina em Laguna Caarapã não param. Conforme dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), desde o início do ano até agora foram registrados pela Agência a morte de 81 animais. Contudo esse número ainda pode ser acrescido de novos casos. A situação é
alarmante e está assustando os produtores daquela região e dos fiscais agropecuários da Iagro.
Para verificar de perto a situação, o coordenador do Programa Estadual de Combate à Raiva Bovina, Ademar
Etiro Mori, esteve em Laguna na última semana. Segundo ele a situação está realmente crítica. "Tudo isso se
deve à ausência de vacinação. Como Laguna Caarapã não está entre os municípios onde a vacinação é obrigatória
a única saída é começar a vacinar todo o rebanho urgentemente. Por isso nossos fiscais do escritório da
Iagro local estão diariamente visitando propriedades e alertando os pecuaristas", argumenta. De acordo com
Etiro Mori 100 das mais de 200 propriedades do município foram visitadas.
O caso é tão inusitado que, embora todo o trabalho de prevenção esteja sendo feito dia-a-dia por profissionais habilitados, Ademar Etiro durante visita a Caarapã trouxe mais seis materiais para análise. "Caso o resultado de positivo a nossa soma vai subir para 87 casos. Só mesmo com a colaboração dos produtores esses casos de contaminações e mortes terão um fim. E nós esperamos que isso ocorra o mais rápido possível", comenta. A extensão do foco é tão grande que, entre os raios de 12 quilômetros de cada registro da doença, já chegou a atingir o assentamento Corona localizado no município de Ponta Porã.
Conforme Mori, "estes focos vem sendo confirmados devido à barragem de Porto Primavera. Através dela os
morcegos hematófagos - que se alimentam de sangue - utilizam o rio Dourados e seus afluentes, pois a unidade das margens são atraente para a espécie, para chegarem até os animais". Embora toda dor de cabeça que a situação vem causando, nenhuma medida de segurança mais extensa será tomada, pois o município não é considerado uma região endêmica.