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Geral

Novos focos de raiva bovina confirmados em MS

Cristiane Sandim - 15 de junho de 2004 - 08:03

Os registros constantes de novos casos de raiva bovina em Laguna Caarapã não param. Conforme dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), desde o início do ano até agora foram registrados pela Agência a morte de 81 animais. Contudo esse número ainda pode ser acrescido de novos casos. A situação é
alarmante e está assustando os produtores daquela região e dos fiscais agropecuários da Iagro.

Para verificar de perto a situação, o coordenador do Programa Estadual de Combate à Raiva Bovina, Ademar
Etiro Mori, esteve em Laguna na última semana. Segundo ele a situação está realmente crítica. "Tudo isso se
deve à ausência de vacinação. Como Laguna Caarapã não está entre os municípios onde a vacinação é obrigatória
a única saída é começar a vacinar todo o rebanho urgentemente. Por isso nossos fiscais do escritório da
Iagro local estão diariamente visitando propriedades e alertando os pecuaristas", argumenta. De acordo com
Etiro Mori 100 das mais de 200 propriedades do município foram visitadas.

O caso é tão inusitado que, embora todo o trabalho de prevenção esteja sendo feito dia-a-dia por profissionais habilitados, Ademar Etiro durante visita a Caarapã trouxe mais seis materiais para análise. "Caso o resultado de positivo a nossa soma vai subir para 87 casos. Só mesmo com a colaboração dos produtores esses casos de contaminações e mortes terão um fim. E nós esperamos que isso ocorra o mais rápido possível", comenta. A extensão do foco é tão grande que, entre os raios de 12 quilômetros de cada registro da doença, já chegou a atingir o assentamento Corona localizado no município de Ponta Porã.

Conforme Mori, "estes focos vem sendo confirmados devido à barragem de Porto Primavera. Através dela os
morcegos hematófagos - que se alimentam de sangue - utilizam o rio Dourados e seus afluentes, pois a unidade das margens são atraente para a espécie, para chegarem até os animais". Embora toda dor de cabeça que a situação vem causando, nenhuma medida de segurança mais extensa será tomada, pois o município não é considerado uma região endêmica.

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