O papa Bento XVI censurou neste sábado as interpretações "errôneas" da liberdade que "matam seres humanos", em referência ao aborto, e afirmou que os ensinamentos da Igreja Católica não representam "uma ameaça à liberdade de consciência", segundo matéria publicada no Terra.
"A liberdade de matar não é uma autêntica liberdade, mas uma tirania que reduz o ser humano à escravidão", afirmou o Pontífice durante cerimônia de posse na Basílica de São João de Letrão, a catedral de Roma.
O papa lembrou João Paulo II e a "inequívoca inviolabilidade do ser humano, a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até a morte natural".
Bento XVI insistiu que a Bíblia deve ser interpretada por meio da tradição e afirmou que o papa "não é um soberano absoluto, cujo pensamento e vontade são lei", mas, ao contrário, seu ministério "é garantia de obediência a Deus e sua palavra".
O papa afirmou que o papel do chefe da Igreja Católica não representa "uma ameaça à liberdade de consciência" nem "constitui uma oposição à liberdade de pensamento", mas é "um mandato para servir".
O discurso do papa foi feito depois do rito de posse da cátedra como Bispo de Roma, em uma cerimônia celebrada em São João de Latrão na presença de milhares de fiéis.