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Novo filme de 007 conta caso do brasileiro Jean Charles

13 de fevereiro de 2006 - 15:07

Cenas do novo filme de James Bond, "Casino Royale", irão levar para a ficção a história da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado em julho do ano passado em um vagão do metrô de Londres, depois de ter sido confundido com um suposto terrorista suicida.

Segundo informa nesta segunda-feira a imprensa britânica, o roteiro do novo filme do agente 007 faz menção ao caso da execução de Menezes, que morreu em 22 de julho, depois de ser atingido por oito tiros.

De acordo com a reportagem, que cita partes do roteiro do filme, James Bond, interpretado pelo inglês Daniel Craig, 37, mata com vários tiros um suspeito de terrorismo, mas depois descobre que a vítima era inocente.

No filme, Bond tenta limpar seu nome depois que as gravações feitas pelas câmeras do circuito interno mostram que a vítima era inocente --as imagens são transmitidas para o mundo todo.

"As coisas se complicam para Bond nesse filme. Por isso, ele é um personagem muito mais obscuro e sórdido", declarou uma fonte do filme.

"Casino Royale" começou a ser rodado no mês passado em Praga, na República Tcheca, após o papel da "Bond Girl" ter sido rejeitado por Scarlett Johansson, Nicole Kidman, Charlize Theron e Sienna Miller, entre outras celebridades.

Entenda

Jean Charles de Menezes foi morto na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, após ter sido confundido por policiais com um homem bomba prestes a se explodir.

O brasileiro morreu duas semanas após os atentados no sistema de transportes de Londres que mataram 52 pessoas, no dia 7 de julho, e um dia após os atentados frustrados do dia 21 de julho.

Na ocasião, a polícia havia justificado a morte de Jean dizendo que ele havia sido seguido ao deixar um prédio sob vigilância policial, estava vestido com uma jaqueta suspeita, havia corrido na estação ao ser abordado pelos policiais e que teria pulado a catraca ao entrar na estação.

Informações divulgadas posteriormente, no entanto, no inquérito oficial sobre a morte contradisseram a versão policial. A Polícia Metropolitana reconheceu que ele trafegava normalmente na estação de metrô, a caminho do trabalho, e que sua morte foi um "trágico erro."

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