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Nove em cada 100 motoristas bebem e dirigem em Campo Grande
Apesar da lei seca, que determina prisão de motoristas flagrados sob efeito do álcool, e a despeito dos riscos de dirigir bêbado, de cada cem motoristas de Campo Grande, nove admitem pegar o volante após consumir bebidas alcoólicas. O dado é de levantamento divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, Campo Grande é a sexta capital com maior percentual de condutores que admitem a prática arriscada, nos 30 dias anteriores à data de realização da pesquisa. O maior número registrado é em Palmas (TO), onde 14,2% dos motoristas dizem beber e dirigir na sequência. Recife, com 2,2%, e Rio de Janeiro, com 2,8%, tem os menores índices. A capital fluminense é conhecida como a mais rigorosa nesse tipo de fiscalização.
Em Campo Grande, as operações têm sido frequentes também, principalmente aos fins de semana, mas o percentual dos que saem motorizados às ruas depois do consumo de álcool ainda está acima da média nacional, que é de 5,3%.
Nacionalmente, são os homens os que mais fazem essa admissão, com média de 9,3% entre os pesquisados. Entre as mulheres, o percentual é de 2%.
Celular ao volante
Os dados, inéditos, são do Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018. Um outro aspecto pesquisado é sobre a utilização do celular no trânsito. No País, 19% admitem usar o telefone enquanto guiam.
Campo Grande está nesta média, com 19,8% dos motoristas respondendo que falam no telefone móvel ao mesmo tempo em que dirigem. O maior número é em Belém (PA), com 24,1%.
O Vigitel identificou nas pessoas com idade entre 25 e 34 anos (25,1%) as que mais assumem esse comportamento de risco.
Multas – O terceiro tema perguntado aos motoristas foi sobre multas por excesso de velocidade. Nesse quesito, Campo Grande teve o quarto menor percentual, entre as capitais, de condutores que afirmaram ter sido multados por abusar da velocidade, com 7,1%.
É preciso lembrar que, em 2018, quando os dados foram coletados, a cidade estava sem radares pra flagrar os motoristas apressadinhos.
O que é - A pesquisa é realizada pelo Ministério da Saúde que desde 2006 para monitorar diversos fatores de risco e proteção relacionados à saúde, incluindo a temática de trânsito, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Sobre o tema trânsito, foram ouvidas pessoas com mais de 18 anos e o período considerado para as perguntas foram os últimos 30 dias.
Foram entrevistadas por telefone 52.395 pessoas entre fevereiro e dezembro de 2018.