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Novas regras para empréstimo podem prejudicar a safra

Famasul Notícias - 16 de agosto de 2005 - 16:46

Durante reunião realizada no início da tarde desta segunda-feira (15/08), na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) o superintendente estadual do Banco do Brasil, Marcos Galles explicou as novas regras para o custeio da safra 2005/06. Apenas produtores que contraíram empréstimos na safra passada podem pedir o recurso. O Banco vai disponibilizar R$ 1,2 bilhões o mesmo valor do ano passado. Para o presidente da Famasul, Léo Brito, a área destinada a agricultura no Estado pode “até ser expandida, mas com uma redução de 60% nos investimentos em tecnologia e consequentemente na produtividade”.

Galles esclareceu que a demora na disponibilização dos recursos foi decorrente do atraso na contabilização dos dados da safra passada. “Normalmente o banco recebe as normas na segunda quinzena do mês de junho. Esse ano o banco recebeu os dados mais tarde. Após a contabilização foi possível estabelecer um orçamento de quanto seria disponibilizado para a safra. Por isso, os recursos oficiais são menores na safra anterior, porque o volume da prorrogação foi bastante expressivo. Só em Mato Grosso do Sul, prorrogamos 3.600 operações, com um valor estimado de R$360 milhões”, afirma o Superintendente.

Os produtores que já prorrogaram a dívida são considerados aptos pelo banco para o crédito rural. Já aqueles que estão inadimplentes e não tem como pagar, existe uma expectativa para que as parcelas vencidas em julho e agosto sejam prorrogas para fevereiro, março e abril. Essa portaria ainda não foi autorizada pelo Governo Federal, caso não seja autorizada, os produtores serão considerados inadimplentes, como prevê o contrato.

Para o vice-presidente da Famasul, Ary Basso, existe uma preocupação por parte dos produtores com a alta dos juros, estipulado em 8,75%, para créditos de até R$50 mil. “O produtor não está vendo um preço bom nas próximas safras. Nenhuma empresa está pagando um preço bom pelo milho, trigo ou soja. O produtor está com muita cautela, pois a safra passada deu muito prejuízo. Com certeza será reduzida área e investimentos, por causa da falta de recursos e por falta de um preço seguro, para se vender o produto”, completa o vice-presidente.



Thiago Fraga

Decom-Famasul

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