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Nossas mulheres, machistas nas urnas

Manoel Afonso - 06 de março de 2020 - 09:54

Nossas mulheres, machistas nas urnas

ESSAS MULHERES… Presenciando a manifestação de feministas na Assembleia Legislativa deduzi como observador: “Pena que as mulheres evitam votar nas mulheres. Sempre encontram um argumento para justificar essa postura. Não é por acaso: Campo Grande tem só duas vereadoras e nenhuma deputada estadual. Apesar das conquistas em outras áreas, elas não conseguiram se libertar na política. São reféns da cultura, tradição e até de imposições de igrejas evangélicas radicais (fundamentalistas). Pior: o eleitorado feminino ainda cultiva esse preconceito ( inveja?) contra mulheres candidatas”.

A PROPÓSITO: Ouvi no saguão da Assembleia Legislativa as reclamações de amigos políticos do interior quanto as dificuldades encontradas para cumprir o percentual legal de mulheres candidatas a vereança. Professoras, comerciantes e profissionais liberais são as mais convidadas para esse exercício de cidadania. As justificativas são mais ou menos as mesmas: do temor de desgaste pessoal pela campanha, dos gastos – à desaprovação marital resultante da velha cultura machista. Militares, policiais civis e funcionários públicos; as novas categorias alvos de convites para essas eleições.

ESPERANÇAS Sem elas não se faz política e o sonho de chegar ao poder inexiste tanto para o entregador de gás e jardineiro como ao grande empresário. Em todos eles, independentemente do porte da sua comunidade há – camuflada ou não, a vontade de participar efetivamente de decisões políticas e administrativas. É esse sonho que pode levar à gloria da realização pessoal plena ou até a frustração e desgraça – descendo aos degraus da humilhação, às vezes com o escárnio da prisão inclusive. Como todas as anteriores, essas eleições serão o início bom para alguns e o fim triste para outros.

EXEMPLOS de trajetórias de personagens próximos incentivam ou desestimulam pretensos candidatos. Tudo vai depender é claro, do olhar, leitura de cada um deles. Mas sem o componente do otimismo – despido de ingenuidade – não há combustível para a largada e atrair companheiros ou simpatizantes. A estratégia dos futuros candidatos hoje é facilitada por vários instrumentos disponíveis no mercado, inclusive pesquisas e cursos com noções e orientações comportamentais. Mas lembro; tudo isso ajuda, mas o candidato tem que fazer sua parte. Candidatos artificiais, despreparados, sucumbem.

ALERTA O eleitor perdeu a paciência! Por tudo que tem passado, pela situação do país nos últimos anos, ele mostra-se extremamente desconfiado até na escolha de seus legisladores municipais. Vai ligar a idoneidade do candidato ao padrinho ou fiador desta candidatura. (‘diga-me com quem andas…’). Ele quer se sentir representado efetivamente como retratam as postagens nas redes sociais. O destaque sobre os escândalos por falcatruas no país mostram essa tendência. Ao menor sinal da falta de competência e transparência, o eleitor desistirá buscando outro nome.

REPETINDO: Pesquisa é igual horóscopo; até os céticos leêm! Avaliação do prefeito Marcos Trad (PSD) de Campo Grande em amostra que ouviu 1200 pessoas entre 1 e 4 de março em 8 regiões da capital – registro número 03924/2020, sob responsabilidade da Ranking – Comunicação & Pesquisas: Ótima/boa 50,08% – regular 27,58% – ruim e péssimo 17,17% – não sabe/não responderam 5,17%. Quanto a Câmara Municipal a avaliação foi a seguinte: Ótima/boa 23,75% – regular 38% – ruim/péssima 19 – não sabe e não responderam 19.25%. Vale lembrar: para um intervalo de confiança de 95% e um tamanho de amostra de 1200 entrevistas, a margem de erro máxima estimada foi de 2.85% para mais ou para menos.

RESULTADO da consulta da intenção de voto estimulada para prefeito: Marcos Trad 40,75% – Capitão Contar 6,50% – Sergio Harfouche 3,92 – Marcio Fernandes 3,83% – Delcídio Amaral 3,75% – Pedro Kemp 3,42% – Paulo Matos 3,08% – Ricardo Ayache 2,83% – Marcelo Bluma 1,75% – Tatiana Ujacow 1,67% – Marcelo Miglioli 1,25% – Beto Pereira 0,92% – Guto Scarpanto 0,83% – Vinicius Leite 0,83% – Mario Fonseca 0,67 – Esacheu Cipriano 0,50 – não sabe/não responderam 23,50%.

NÚMEROS da pesquisa versando sobre a rejeição estimulada dos mesmos nomes: Delcídio Amaral 15,33% – Pedro Kemp 7,25% – Marcelo Bluma 5,92% – Marcos Trad 5,08% – Capitão Contar 4,50% – Vinicius Leite 2,00% – Tatiana Ujacow 1,83% – Sergio Harfouche 1,67% – Ricardo Ayache 1,58% – Marcelo Miglioli 1,50% – Paulo Matos 1,50% – Mario Fonseca 1,33% – Guto Scarpanti 1,17% – Marcio Fernandes 1,17% – Beto Pereira 1,00%, Esacheu Cipriano 0,83 – não sabe/não responderam 46,34.

AVALIAÇÃO do Governo Bolsonaro: bom/ótimo 43,25% – regular 27,33% – ruim e péssimo 24,92% – não sabe/não responderam 4,50%. Avaliação do Governo Estadual: bom/ótimo 27,50% – regular 27,33% – ruim/péssimo 26,17% – não sabe/não responderam 12,25%. A pesquisa também adentrou pela religiosidade das 1.200 pessoas consultadas e concluiu: 48% são católicos – 32% evangélicos, 12,50% sem religião – 2,83% espíritas e outras 4%.

É CEDO para uma análise mais profunda quanto a performance deste ou daquele nome inserido nesta longa lista de eventuais pretendentes. Os meus fieis leitores com razoável intimidade do intricado universo político acordam de que como nos pleitos anteriores – alterações ocorrem por conta de desistências, acertos de bastidores e até de problemas de ordem jurídica. Mas fica delineada uma espécie da moldura do quadro eleitoral.

BRONQUEADO por dois motivos o ex-juiz federal Odilon de Oliveira. Primeiro se deve ao projeto do deputado Beto Pereira (PSDB) que proíbe a candidatura de ex-juízes e promotores de justiça antes de se completar 5 anos da aposentadoria ou deixar o cargo. O segundo, devido a decisão da União de não garantir mais sua proteção pessoal em seus deslocamentos. Odilon lembra os inimigos mortais que arrumou no cargo; taxa de ato covarde da União e que levará o caso à ONU e Organização dos Estados Americanos. O caso ainda dará muito pano pra manga.

CONQUISTAS: “ Dentre os 29 estados só 4 aumentaram a capacidade de investimentos e o nosso (MS) é um deles, criando um ambiente propício para investidores e a geração de emprego e renda”. “ Já a soma dos investimentos realizados pelos 25 estados, os recursos diminuíram. Na comparação entre 2015 e 2019 a queda foi de 28,4%”. A afirmação do secretário de governo, Eduardo Riedel retrata os números positivos da atual gestão; honrando os compromissos, pagando salários em dia e investindo em todas as áreas administrativas. O lançamento do pacote de obras para todo o Estado atesta o bom momento em que vivemos.

HUMOR POLÍTICO: Há vereador que já trocou o termo pedestre por pederasta. Pois bem! É reconhecida a verve do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) para relatar fatos pitorescos envolvendo políticos no interior. Ele conta que numa dessas reuniões habituais onde o líder político da região ouvia os pedidos dos vereadores, foi cobrada de um deles uma manifestação com a pergunta: “E você, amigo, não tem nada a dizer?” Surpreso talvez, sem outra saída ele respondeu: “Não, doutor, “tou” apenas expectorante”. Gargalhada foi geral; ele queria mesmo dizer ‘espectador’.

MUDANÇAS: O PT foi expulso das grandes cidades. Se em 2008 governava 25 delas, hoje não tem nenhuma. Em 2016 o petista Marcus Alexandre foi eleito prefeito de Rio Branco; em 2018 renunciou para disputar o governo e perdeu. Já o PSDB governa 30 das 96 maiores cidades com 21 milhões de eleitores. Depois o MDB com 16 cidades (6,1 milhões de eleitores) . O Brasil tem 147,4 milhões de eleitores e 38% delas ( 56,2 milhões) em 96 municípios – ou seja – nas 26 capitais e em 70 cidades com mais de 200 mil pessoas. No palco das 96 cidades é que será decidida a batalha eleitoral deste ano.

REFERÊNCIA : Só elogios após visita à Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) em Presidente Prudente (SP) com 20 mil alunos; 80 cursos de graduação presencial e a distância; 6 de mestrados; 140 de especialização; 4 doutorados e 90 mil formandos. A tradicional instituição ainda dispõe de campus nas cidades de Jaú (SP) e Guarujá (SP), tendo inclusive obtido avaliação ótima do MEC em 2019 – sendo reconhecida entre as 3 melhores instituições de ensino no Estado de São Paulo e entre as 12 do país. Ensino comprometido com o nosso desenvolvimento e futuro.

ATÉ ONDE? A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa pode desmascarar uma série de irregularidades em prol da Energisa. A opinião pública acompanha com interesse a postura dos integrantes da CPI tendo-se em vista que as reclamações não discriminam classe social e perfil dos consumidores. A chiadeira vai das mansões, passa pela zona rural, periferia, indústria e comercio. Dos 2.300 consumidores que reclamaram – 200 relógios serão sorteados para pericia à cargo de técnicos da USP de São Carlos (SP). Estou botando fé nesta CPI.

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