Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Terça, 19 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Nossa Senhora de Guadalupe

Redação - 12 de dezembro de 2018 - 09:00

No ano 1531 Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira principal da América Latina, apareceu no México a um índio asteca de nome João Diogo. Dirigia-se ele para a missão franciscana, quando ouviu uma música suave e uma voz que o chamava. Seguindo o som da voz, deparou-se com uma mulher de rosto moreno, usando trajes e símbolos da cultura asteca. Era a Virgem Maria! Duas fitas negras caíam ao longo do seu corpo e sobre elas uma cruz indígena, sinal de encontro do divino com o humano. O manto era verde e azul, cores das divindades astecas do céu e da terra, e a túnica era de um vermelho pálido, cor do deus supremo dos astecas. A Virgem conversou com ele em dialeto indígena, e disse-lhe para pedir ao bispo para construir naquele local um santuário em sua honra. O bispo não deu crédito à conversa, mas após uma segunda aparição, e diante da insistência de João Diogo, pediu-lhe um sinal. Quando novamente a Virgem apareceu ao índio, este lhe falou do pedido do bispo. Embora naquele lugar e naquele tempo não nascessem rosas por causa do solo pedregoso e do frio rigoroso, a Senhora mandou que o índio colhesse algumas flores que desabrochavam aos seus pés, as escondesse no manto, com a recomendação de só desdobrar o manto na presença do bispo. No dia 12 de dezembro de 1531, quando o índio mostrou as flores, apareceu impresso no manto a figura de Nossa Senhora, tal como havia aparecido a João Diogo. Diante do milagre, o bispo ordenou a construção de um santuário dedicado à Nossa Senhora de Guadalupe. Neste santuário se encontra a tela original, e não existe tela ou pintura semelhante, na arte antiga e moderna. A imagem nunca foi retocada, e nunca apresentou o menor sinal de corrupção. Em 1791, um frasco com ácido nítrico caiu sobre ela, mas nem esse potente produto conseguiu estragá-la. Com o aperfeiçoamento da arte da fotografia, descobriu-se outro prodígio: as figuras de João Diogo, do bispo e das pessoas presentes no momento do milagre, ficaram gravadas nos olhos de Nossa Senhora e, segundo oftalmologistas norte-americanos, não se trata de pintura, mas de imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Que hoje Nossa Senhora de Guadalupe, a Virgem Mãe Morena da América Latina, como a chama Padre Zezinho, nos ajude a abdicar de nossos preconceitos e a valorizar não apenas os índios, mas todas as minorias discriminadas. E que ela nos ensine e nos anime a semear no solo desse nosso continente latino americano que continua sendo saqueado e explorado, rosas de esperança e sementes de libertação.

VIANNA, Zélia (2005). Santidade Ontem e Hoje. Salvador: Paróquia de São Pedro

SIGA-NOS NO Google News