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No último adeus, Pedrossian passeia pelo caminho de suas obras

Redação - 23 de agosto de 2017 - 07:46

Lágrimas da ex-primeira-dama certamente traduziam anos de história conjunta (Foto: Marcos Ermínio)
Lágrimas da ex-primeira-dama certamente traduziam anos de história conjunta (Foto: Marcos Ermínio)

Em seu último passeio por Campo Grande, Pedro Pedrossian percorreu cerca de 15 quilômetros entre dois parques, o dos Poderes e o da Primavera. Do Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, onde se despedia de amigos e familiares, o ex-governador seguiu para o cemitério Parque das Primaveras, onde, desde as 17h30 de ontem, descansa pela eternidade.

O cortejo fúnebre seguiu pela avenidas Afonso Pena, Calógeras e Costa e Silva. O trajeto foi proposital – a intenção era permitir que o ex-governador passasse por importantes obras, construídas em suas gestões, como o Parque das Nações Indígenas, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o estádio que tem seu nome e é popularmente conhecido como Morenão.

Em silêncio respeitoso, consternados e deixando deslizar algumas lágrimas, aproximadamente 300 pessoas acompanharam o ex-governador até o cemitério. No local, ele foi ovacionado e homenageado por policiais militares com três séries de disparos de mosquetões 762.


A esposa do ex-governador, Maria Aparecida Pedrossian, sempre próxima do caixão e, depois, na despedida derradeira, perto do túmulo, era, visivelmente, a mais emocionada. As lágrimas, que escorriam pelo rosto da ex-primeira-dama de Mato Grosso do Sul, eram feitas, certamente, de lembranças de décadas de história conjunta. Possivelmente, sentia que metade de sua alma caminhava para a eternidade.

O silêncio, em certo momento, foi quebrado por uma senhora que não se conteve e decidiu resumir, em voz alta, o sentimento de muitos: agradecimento. “O senhor será sempre lembrado. Obrigado, Pedro Pedrossian”, gritou.

Lágrimas da ex-primeira-dama certamente traduziam anos de história conjunta (Foto: Marcos Ermínio)
Lágrimas da ex-primeira-dama certamente traduziam anos de história conjunta (Foto: Marcos Ermínio)
Depois da oferta das flores, muito apropriado para um local com o nome de Primavera, as pessoas continuaram em silêncio, consoladas pelo som triste de um trompete.

Na sequência, desceram o caixão. Uniram-se em única voz na oração do Pai Nosso. Jogaram terra, parte do solo onde o governador fez da sua a história de um estado. Por fim, deixaram Pedro Pedrossian descansar, merecidamente no alto de seus 89 anos.

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