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No TCE, prefeitos relatam dificuldade de caixa em fim de mandato

Campo Grande News/ Mariana Lopes - 22 de novembro de 2012 - 15:30

Entre atuais prefeitos e eleitos para assumir em 2013 em Mato Grosso do Sul, 42 assinaram a lista de presença do evento que o Tribunal de Contas do Estado realizou nesta quinta-feira (22), sobre a “Transição de Governo nos Municípios Brasileiros”. No total, 200 participantes se inscreveram. O evento contou também com a presença de vereadores.

Em comum, durante o evento, o relato sobre as dificuldades de caixa dos municípios para fechar as contas, atribuída à queda nos repasses federais. O rombo é estimado em quase R$ 400 milhões pela Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

A maioria dos municípios que participaram irá trocar de prefeito. Não compareceram os prefeitos de Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, entre os maiores municípios do interior.

O atual prefeito de Costa Rica, Jesus Baird (PMDB), disse que entrega a Prefeitura com desfalque, mas ainda não sabe contabilizar o prejuízo. Baird afirma que os custos mais elevados são de investimentos aplicados em moradia, saúde, transporte, manutenção de estradas vicinais, que, segundo ele, são essenciais.

Com uma dívida de R$ 1,2 milhão que vai deixar ao sucessor, André Alves Ferreira, de Aparecida do Taboado, justifica: “Tivemos dificuldade no fechamento da folha por causa da baixa do FPM e ICMS”. Para driblar o rombo no orçamento, ele diz que está buscando alternativas. “Talvez eu anule empenhos de emendas federais que não deram entrada para pagar a dívida”, diz.

Ainda assim, Ferreira diz que se orgulha de dizer que entrega a administração do município, após quatro anos de mandato, com seis novas indústrias, construções de casas populares, creches, escolas, feira para produtor. Porém, admite que deixa uma dívida de mais ou menos R$ 1,2 milhões.

Em São Gabriel do Oeste, o atual prefeito, Sérgio Marcon (PSD), garante que entrega a administração do município com as contas em dia, mesmo com dificuldade, que ele atribui principalmente à queda dos recursos federais recebidos e à falta de repasse na saúde e educação. “Tivemos que refazer os planos em junho para não deixar o mandato com dívida”, afirma.

Prefeitos eleitos –Entre os prefeitos eleitos, que assumem a administração dos municípios em janeiro, o foco principal, e quase unânime, é em relação à saúde. A maioria promete investir mais em postos de saúde, hospitais e qualidade no atendimento.

Em Naviraí, quem assume a prefeitura em janeiro é Leandro Mattos (PV). Ele afirma que foi montada uma equipe de transição que está analisando os contratos para ver o que merece continuar ou não. “Saúde e segurança pública são as prioridades, mas a cidade precisa ser analisada ao todo”, afirma.

Luiz Felipe Barreto (PT do B), eleito em Chapadão do Sul, disse que é um conjunto que precisa ser analisado, mas a prioridade ainda continua com saúde. “Como médico, sei das deficiências. Até outras áreas da região acabam indo para receber atendimento no município”, conta.

Eleito em Anaurilândia, Vagner Alves Guirado (PR) afirma que de acordo com a pesquisa que realizou durante a campanha, 65% da população deseja melhorias na saúde. Para conseguir investir em postos de saúde e hospitais, ele afirma que pretende “enxugar a máquina”. “A primeira coisa a ser feita é acabar com regalias que existem e cortar os gastos”, pontua.

Para Robinho (PR), eleito em Aparecida do Taboado, há quatro pontos essenciais na administração: saúde, educação, assistência social e infraestrutra. “Mas para eu saber onde vou mexer, preciso ter conhecimento de como vou receber o caixa”, enfatiza.

A opinião dele é compartilhada com a do prefeito eleito em Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (PR). “Só dá para aplicar o remédio de acordo com a doença. Primeiro preciso pegar os relatórios e saber como estão as contas, para ver o que será possível fazer”, afirma.

Para o prefeito eleito em Coxim, Aluísio São José (PSB), o município precisa de uma nova perspectiva econômica para gerar renda, pois sofreu muito com algumas legislações que consideram a área de preservação ambiental.

“Precisamos descobrir uma diversificação econômica, verificar a real situação do município para melhorar o serviço público, principalmente porque a cidade está passando por uma situação de atrasos de pagamento. Vamos buscar o equilíbrio das contas”, pontua.

A maioria dos municípios que participaram irá trocar de prefeito. Não compareceram os prefeitos de Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, entre os maiores municípios do interior.

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