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No dia dos românticos quem "paga o pato” é o entregador

Campo Grande News/ Adriany Vital - 12 de junho de 2009 - 18:28

O romantismo do 12 de Junho é visto de perto pelos motos-entregadores que ficam incumbidos de fazer chegar até o parceiro o gesto mais simbólico de amor entre os casais: o buquê de flores.

Entre milhares de histórias contadas por eles, algumas são bem inusitadas e mostram como o amor anda lado a lado com a raiva.

Trabalhando nas entregas há cerca de dois anos, Roberto Ortiz Lima, de 27 anos, conta que já viveu diferentes situações que podem até servir de dica para os homens mais entusiasmados.

Ele lembra do dia em que o namorado o contratou para fazer a entregar de 12 vasos de flores, a cada meia hora. Roberto lembra que as primeiras remessas foram recebidas com emoção, mas já nas últimas a destinatária já nem fazia mais questão de receber. “Acabou ficando chato. Nos últimos ela falava para colocar em qualquer lugar”, lembra.

Sem dar nome ao santo, a dona de uma floricultura conta que o momento é de faturar dobrado com alguns clientes infiéis, que compram não só para as "oficiais", como para as "filiais".

A mesma empresária diz que a infidelidade também é percebida do outro lado, o feminino. "Dia desses, nosso entregador foi fazer a entrega à uma mulher, mas quem atendeu a porta foi o namorado, que ficou muito bravo e quis saber quem havia mandado as flores".

Também tem o tipo "cliente insegura", que para fazer ciúmes ao namorado compra para ela própria o buquê mais "poderoso" da floricultura, ou casos de namoradas que abusam dos afrodisíacos misturados as cestas de presentes.

No motel - Manoel Avelino Farias Neto, 27 anos, tem uma empresa de entrega especializada na prestação de serviços de floricultura. Há dois anos trabalha no ramo e conta que no ano passado por pouco não perdeu o casamento em um mal entendido.

Ele conta que foi fazer um entrega de flores em um motel onde a contratante preparava o quarto para passar a noite com o parceiro dela. Quando chegou ao local, os aparelhos de telefones celulares dele e da contratante foram trocados por serem parecidos.

“Quando sai de lá levei o celular da moça e o meu ficou com ela. Minha esposa ligou e ela atendeu. Disse que estava em um motel e preparava o quarto para logo mais. Daí você já viu né? Foi um Deus nos acuda! Tive que levar minha esposa lá para provar a troca dos aparelhos”.

“Neto”, como é conhecido, lembra outra situação em que teve que disfarçar e voltar com o buquê nas mãos. “Uma vez chegava na casa de uma menina que quando ela me viu pediu que saísse com aquele buquê dali porque o namorado dela estava chegando. Disfarcei e fingi que tinha me enganado para não trazer complicações para ela”, disse.

Na avaliação do moto entregador, profissionais como ele atuam como cupido para casais que acabaram de se conhecer. “Já pude perceber que o romantismo dos homens é mais presente quando ele acabou de conhecer as parceiras. A maioria quer conquistar e mal sabem onde a garota mora”,

Neto conta com ajuda de outros quatro funcionários para fazer o serviço na data de hoje. Pela expectativa só para a floricultura que presta serviços serão 200 entregas nesta data.

Bicos – A data romântica é também uma oportunidade para um ganho extra. Glebson Santos de Oliveira, de 28 anos, está desempregado e viu na entrega de buquês a oportunidade de ganhar um levantar um dinheiro para gostar logo mais.

Atuando como ajudante de entrega ele espera faturar R$ 100 o dia. O dinheiro segundo ele será gasto na farra logo mais. “Estou solteiro e quero farrear mais tarde”.

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