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No almoço na casa do Zeca, 2006 fica "para depois”

Graciliano Rocha e Fabiana Silvestre / Campo Grande News - 01 de junho de 2005 - 15:40

Zeca sai mesmo para o Senado? Londres Machado (PL) vai ser candidato a governador numa terceira via? Delcídio Amaral (PT) vai mesmo ser o candidato governista à sucessão?

Se alguém estava com a expectativa de obter alguma resposta para as especulações que põem em polvorosa os bastidores da política estadual, saiu como o deputado Roberto Orro (PDT), meio frustrado: “O que você espera quando se reúnem tantos políticos em um só lugar? O que eu esperava era que se discutisse política”.

Não desta vez, foi só confraternização mesmo, agradecimento pelo apoio ao Executivo. Tapinhas nas costas e comilança. Os deputados foram tratados a pão-de-ló. Ou mais precisamente, lingüiça de Maracaju, picanha e pacu assado e recheado.

Visivelmente empanturrados, foram saindo um a um. Mais relaxado que o colega de bancada que saiu reclamando, Humberto Teixeira (PDT): “Se você me perguntar o que eu mais gostei do almoço, foi da sobremesa”. Foi servida uma mousse de bocaiúva (pequeno coco típico dos cerrados). Coisa fina, segundo o deputado.

O anfitrião saiu da casa por último. Acompanhado pela mulher, Gilda, pelo secretário Raufi Marques (Coordenação Geral de Governo) e pelo nº 1 da Assembléia Legislativa, Londres Machado (PL).

O governador também parecia menos sisudo, como um cidadão qualquer que vai se despedir dos amigos no portão depois do churrasquinho do final de semana. Aí, sim, ele tratou de política.

“Se o meu mandato acabasse hoje não saberia agradecer todo o apoio que tive”. Disse que “nunca” lhe passou pela cabeça demover o Londres de uma candidatura ao governo. O presidente da Assembléia é “um político credenciado, sua candidatura é completamente legítima”.

Instigado pelos repórteres que estavam de plantão na calçada, Zeca repetiu o que já tinha dito: Quer a atual base aliada no projeto eleitoral de 2006, mas só vai discutir isso no próximo ano. Ficou nisso.

Para não perder o costume, o governador deu uma rápida estocada no ex-prefeito André Puccinelli (PMDB). “Não quero polemizar, não serei o telhado para ele sair do sereno”, disse, ao se esquivar de comentar as declarações do ex-prefeito sobre a possibilidade da equipe econômica liderada por Antonio Palocci (Fazenda) frustrar a expectativa do governador de receber este ano ressarcimento pelos aposentados do Mato Grosso que o governo de MS teve de pagar nos primeiros anos depois da divisão (1977).

Em termos de quorum o almoço na casa do governador foi um sucesso. Estavam lá 20 dos 24 deputados.

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