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No aeroporto da Capital, sobram atrasos e reclamações
Com 14 voos atrasados desde ontem, sobram pessoas e reclamações no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Na manhã desta sexta-feira, enquanto os aviões não podem decolar ou pousar devido ao nevoeiro, passageiros dormem no chão do saguão ou escorados nas paredes, evidenciando a falta de estrutura do aeroporto para abrigar tantas pessoas.
Sem ter ao menos uma cadeira onde se sentar, o engenheiro agrônomo David Leite, de 42 anos, é o retrato da frustração. Devo chegar em casa só daqui a 24 horas, conta. Ele mora em Curitiba (Paraná) e veio a Campo Grande a trabalho.
Depois de uma estadia de três dias, ele deveria ter embarcado de volta para a casa ontem à noite. É a segunda vez que venho aqui e não consigo embarcar. É uma decepção, relata.
O engenheiro deveria ter embarcado ontem às 19h45 e o voo foi remarcado para às 4h30. Ele também questiona a falta de assistência por parte da companhia aérea.
Ontem, dormi no sofá, na casa de um colega que mora em Campo Grande. Hoje, com muito custo, consegui que pagassem o táxi até o aeroporto. Agora, a previsão é que o engenheiro consiga embarcar às 14h ou às 19h.
Antes era um voo direto. Agora, tenho que passar em São Paulo. A prisão no aeroporto da Capital também só faz aumentar os custos com a diária de seu carro, estacionado no aeroporto de Curitiba.
Com um grupo de 40 turistas que veio de Bogotá (Colômbia) e Santiago (Chile) para passear em Bonito, a psicóloga Esperança Young conta que está tentando embarcar para São Paulo desde às 4h. O grupo espera pela melhora do tempo sentado no chão do saguão do aeroporto.
Em vigor desde o dia 13, a Resolução 141 da Anac (Agência Nacional de Aviação)prevê que depois de 1 hora do horário previsto para a decolagem, a companhia deverá oferecer algum meio de comunicação. Após 2 horas, alimentação. Depois de 4 horas, é obrigatória a acomodação em local adequado ou em hotel.