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Nestlé vai analisar decisão do Cade

Carolina Pimentel/ABr - 04 de fevereiro de 2004 - 22:15

O presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, disse hoje que a companhia vai analisar com seus advogados as medidas que podem ser tomadas. "O processo não terminou", afirmou, ao saber da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que rejeitou a fusão da multinacional com a Chocolates Garoto.

Para Zurita, além da empresa, o Espírito Santo, estado onde funciona a fábrica da Garoto, também perdeu com o fim da operação conjunta. “Perdeu porque tinha uma fábrica para fechar e hoje temos três mil colaboradores. O Espírito Santo voltou a viver a Garoto como nunca. Eu lamento muito, mas respeito a decisão do Cade”, ressaltou.

Questionado sobre as conseqüências da decisão do Cade nos negócios da multinacional no país, Zurita respondeu que a decisão não põe em risco os investimentos, mas que a situação já não se torna tão favorável. “O resultado de hoje não me deixa numa posição confortável como presidente dessa companhia, em frente ao meu grupo. Isso é tudo. Talvez, como brasileiro, eu seja mais entusiasmado do que deveria ser frente ao nosso país”.

Zurita disse que a Nestlé deve dar continuidade à construção de uma fábrica no Espírito Santo, um investimento de cerca de US$ 140 milhões, além da construção do maior centro de café solúvel do mundo. Hoje, a empresa conta com 26 fábricas no país. Segundo Zurita, a empresa investe US$ 150 milhões por ano, independentemente de novas aquisições.

No que diz respeito ao futuro da Garoto, Zurita disse que os conselheiros do Cade é que deveriam responder. “É uma boa pergunta. Vocês deveriam perguntar para quem votou (contra a fusão). Eles são as pessoas ideais para responder”.

O presidente da Nestlé disse que espera que o novo comprador da empresa brasileira tome as melhores decisões, preservando os trabalhadores. “Espero que essa situação termine bem, que os empregados continuem trabalhando, produzindo e pagando seus impostos. É disso que o Brasil precisa”.

A compra da companhia capixaba pela Nestlé foi realizada em fevereiro de 2002 e custou à multinacional cerca de US$ 250 milhões.

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