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Nestlé pode absorver produção de leite

Mapa Imprensa - 15 de janeiro de 2004 - 08:04

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, solicitou ontem ao presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, que auxilie o governo a minimizar os impactos da crise da Parmalat junto aos produtores de leite. A preocupação do ministro é manter a remuneração dos produtores que forneciam leite para a filial brasileira. Após deixar o encontro com o ministro, Zurita informou que a empresa fará um estudo detalhado sobre a capacidade da Nestlé em absorver a produção vendida à Parmalat.

A Nestlé é o principal comprador de leite do Brasil, com 8% da produção (1,7 bilhão de litros/ano), à frente da Parmalat, que detinha 5% da produção (1,2 bilhão de litros). “Nós nos sentimos na obrigação de responder à solicitação do ministro e tratar de minimizar os efeitos da crise da Parmalat”, disse Zurita. Na próxima semana, o presidente deve ter novo encontro com Rodrigues para apresentar a proposta da empresa.

Ele informou que a Nestlé não está, neste momento, em condições de comprar leite além da sua capacidade porque o Brasil está no auge da safra. Mas em dois meses, quando começa a entressafra, é possível que a empresa possa assumir as compras da Parmalat. A capacidade de absorção, segundo Zurita, seria de 500 mil litros/dia.

O presidente da Nestlé acrescentou que a empresa fará uma avaliação do comportamento do mercado interno para decidir sua forma de atuação frente a crise da Parmalat. “O Brasil, historicamente, importa leite na época de maior consumo, e se você tem maior fornecimento é possível absorver a produção e o ideal é absorver o leite disponível no mercado interno”. Zurita afirmou que a preocupação maior do ministro é dar continuidade ao abastecimento e ao fornecimento de leite, mantendo as atividades de toda a cadeia produtiva, especialmente dos pequenos produtores.

Zurita enfatizou que a Nestlé não tem intenção de adquirir plantas da Parmalat porque as empresas trabalham com tecnologias diferentes. “Embora tenhamos capacidade de trabalhar com produtos como leite condensado, por exemplo, a nós o que interessa agora é o fornecimento, o crescimento e a manutenção da cadeia produtiva”.

Investimentos – Ivan Zurita informou que a Nestlé deve investir este ano US$ 150 milhões nas suas 26 fábricas espalhadas pelo país e tem previsão de crescer no mínimo 7%, ou seja, o dobro do crescimento previsto para o PIB. Em 2003, o faturamento do grupo no Brasil chegou a R$ 9 bilhões.

Entre outros empreendimentos, em fevereiro a empresa inaugura em Araras (SP) a maior fábrica de café solúvel dos 97 países em que atua. A fábrica vai gerar 200 empregos diretos e 2 mil indiretos e consumirá 2,5 milhões de sacas de café por ano. A produção de café solúvel será destinada para a Rússia e Ucrânia. O investimento foi de R$ 115 milhões.



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