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Geral

Nelson Valente: Todos na escola!

(*) Nelson Valente - 28 de junho de 2009 - 07:49

No Japão, o ensino é obrigatório durante os primeiros nove anos de escolarização ( seis no primário e três no secundário inferior) . A partir daí, tudo é opcional. Em conseqüência, praticamente todos os japoneses dos seis aos 15 anos de idade encontram-se nas escolas, num fenômeno elogiável de universalização do ensino. Alcançando esse ideal, os educadores agora se voltam para a discussão em torno da qualidade do ensino, procurando-se valorizar a criatividade, de que eles andam bastante divorciados. Condena-se hoje o excesso de memorização nas escolas, quando o desejável é a compreensão maior e melhor das lições transmitidas por seus mestres. Outro aspecto a ser ressaltado é o excesso de competitividade, responsável pela enorme freqüência de suicídios entre os jovens. Não serve estudar em qualquer escola, mas nas que têm renome, sobretudo universidades. As melhores oportunidades são oferecidas aos que têm históricos escolares exemplares, o que é compulsado pelos caçadores de talentos das empresas japonesas. Para oferecer essas oportunidades aos seus estudantes, o Japão investe 12% do orçamento em educação. Os Estados Unidos investem nada menos de 13,6 %. Numa comparação sem maior análise, do que faz o Brasil. O problema é que temos uma dívida social imensa, que precisa ser resgatada com investimentos maciços na educação. Enquanto isso não se fizer, continuaremos a conviver com números e carências verdadeiramente absurdos. Em plena campanha eleitoral, esses fatos afloraram nas promessas nem sempre bem intencionadas dos candidatos, que falaram maravilhas do que irão fazer, se eleitos, para logo depois esquecer tudo. O jeito á marcar os seus nomes, para efetuar a cobrança devida.


(*) é professor universitário, jornalista e escritor


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