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Geral

Nelore propõe agência reguladora da carne e frigorífico

26 de fevereiro de 2005 - 08:33

Cassilândia News
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A criação de uma agência reguladora para o mercado da carne e atuação do pecuarista no mercado, através de cooperativas, são saídas que o presidente da ASCN (Associação Sul-mato-grossense dos Criadores de Nelore), Ulysses Serra Neto, vê para haja uma remuneração condizente ao criador. Para ele, a estratégia de segurar o boi no pasto não atinge o mercado por vários motivos. Um deles é que os frigoríficos estão preparados e prova disso são confinamentos que chegam a 100 mil cabeças, como é o caso do Bertin. Por outro lado, também é difícil estabelecer o boicote porque os criadores têm compromissos a saldar e especialmente neste período de baixa precisam de capital de giro.
Ulysses Serra sugere que o governo implante uma agência de regulação, para estabelecer regras no mercado. O produtor, por sua vez, deve correr o risco do mercado e se lançar nele se quiser interferir nos preços. Pode ser através do arrendamento da matança, como um passo inicial, ou mesmo já montando frigorífico próprio, através de cooperativa e que seja gerenciado por profissionais que conhecem o mercado. “Se não corrermos esse risco os frigoríficos correm”, diz.
Com uma marca forte, profissionais competentes, crédito mais barato, benefícios fiscais (prerrogativas que tem o sistema cooperativo) e produto de grande apelo no mercado, que são animais criados essencialmente a pasto, essa unidade poderia ser competitiva, acredita o presidente da ASCN.
Para ele, a simples criação de uma central de vendas não surtiria efeito no mercado. “Se for captar o boi e vender ao frigorífico não vejo diferença a não ser facilitar o trabalho da compra”, observa. O presidente da ASCN acredita que o momento tenha suscitado uma discussão importante, em torno da necessidade de articulação da classe produtora. Ele lembra que historicamente a classe tem se mostrado desunida e a indústria trabalha com essa informação. Em março ASCN vai promover uma assembléia e deve deliberar sobre o estudo de viabilidade do frigorífico do produtor.


Via Livre Comunicação Rural

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