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Não tem coração mais ansioso do que de adolescente que vive 1º Dia dos Namorados

Campo Grande News - 11 de junho de 2016 - 13:45

Layana planejou escrever 365 frases que lembram o namorado como presente na data.
Layana planejou escrever 365 frases que lembram o namorado como presente na data.

O amor é inocente, até que se viva a primeira grande decepção. Antes disso, são flores, chocolates e amores que cercam casais que trocam os primeiros presentes de Dia dos Namorados. Às vésperas da data, não tem coração mais ansioso do que de adolescente que vive a primeira vez o 12 de junho namorando.

Talvez tenha sido essa a ansiedade que fez com que Julia não resistisse e entregasse o presente antes mesmo do domingo chegar. Ela e Raphael namoram há 10 meses e vivem pela primeira vez o Dia dos Namorados.Os dois se conhecem desde 2013, quando se viram algumas vezes nos corredores do antigo colégio dos dois, mas só foram se aproximar através de uma amiga em comum, ano passado.

“Como eu quero que seja? Especial. É o primeiro, sei que é uma data tradicional, mas sei lá... Acho que é porque o Raphael é especial pra mim”, descreve a estudante Júlia Terra, de 16 anos.

Na quarta-feira, ela e uma amiga foram ao shopping e na segunda loja, ela bateu o olho e achou o presente, uma camiseta a cara do namorado. “Comprei e como sou muito ansiosa, eu já dei o presente”, conta aos risos.

A risada é compartilhada, assim como a descoberta do primeiro amor. Raphael concorda que foi a ansiedade. “Ela comprou e já entregou no mesmo dia. Foi almoçar no shopping e me entregou na aula, à tarde”, descreve o também estudante Raphael Oliveira Pimenta dos Reis.

A vantagem é que ele está com tempo de preparar alguma coisa à altura. “Provavelmente vou comprar alguma coisa diferente. Eu sou meio ruim de criatividade, mas pra mim é importante porque é o primeiro Dia dos Namorados que eu passo namorando da vida toda”, justifica. A “vida toda” de Raphael se resume a 17 anos.

Com as próprias mãos – São apenas dois meses de namoro, mas o suficiente para a estudante Layana Araújo da Silva, de 15 anos, encontrar 365 motivos para comemorar esse Dia dos Namorados. Entre os presentes que ela vem preparando há semanas estão um mural de fotos e um pote, com mensagens para serem lidas todos os dias, durante um ano.

“Eu vi essa ideia no Youtube, de fazer um potinho com 365 frases que me fazem lembrar dele, cada dia ele abre e lê uma diferente”, explica.

Os olhinhos brilham ao falar do grande amor. “Nunca tive um relacionamento, é complicado falar... Ele é muito importante para mim”, tenta dizer. “O que eu sinto por ele é diferente, é mais forte do que eu”, descreve. Os dois se conheceram no colégio onde estudam e por ela morar no Oliveira e ele no Nova Lima, a troca de presentes só deve acontecer na terça-feira, depois do feriado. Mas nem isso parece tirar o risinho de apaixonada do rosto dela.

Sem falar nome e nem se deixarem fotografar. É assim que as meninas de 16 e 17 anos que esperam o ônibus num ponto da Afonso Pena contam um pouquinho do que é viver o primeiro 12 de Junho juntas. As duas ainda não são lésbicas assumidas para a família e planejam o Dia dos Namorados às escondidas.

Elas namoram há seis meses, metade deste tempo uma delas já estava a pensar no grande dia. “Apesar de ser uma data comercial, passar o dia com alguém...” e antes que a frase termine, os olhinhos se encontram. A namorada emenda “E eu odeio surpresa, mas já que ela está fazendo...”

As duas são unânimes ao defender que a data vai marca-las para sempre. A menina mais velha, de 17 e que está a todo vapor na surpresa, se resume a contar que prefere algo feito com as próprias mãos. “É mais especial do que comprar. Como um cartão, um chocolate”, exemplifica.

Se o amor inocente é que faz a gente fazer tantos planos assim neste dia 12? “Não é que a gente esqueça a decepção, mas a gente aprende e não tem como ter a certeza de que não vai se machucar de novo. Mas por que não tentar?”, pergunta a mesma menina, do alto dos 17 anos.

E o que tem de casalzinho que se prepara, gasta, investe e pensa no presente, não está escrito. Quando a data é inédita, ninguém vai no “automático”. Se vive o antes, o durante e o depois, eternamente. Primeiro Dia dos Namorados marca a gente.

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