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Geral

Não há surto de meningite em MS, alerta Saúde

23 de julho de 2008 - 10:46

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), por meio do diretor de Vigilância em Saúde, Eugênio Martins de Barros, esclarece que não existe “surto” ou “epidemia” de meningite em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, a doença pode ser causada por vários tipos de fungos, vírus e/ou bactérias, sendo mais importante fazer o diagnóstico correto. “Somente no ano passado registramos 269 casos de meningite no estado, sendo que 140 não foram especificados. Portanto a vacina oferecida na rede particular não protege 100%, é uma falsa segurança”, esclarece Eugênio Barros.

Conforme o diretor, o mais importante assim que aparecem os sintomas é fazer o diagnóstico correto. A certeza de qual o agente causador é dada pela cultura do líquor, que é coletado através de uma punção lombar (retirada de líquido da espinha). “O liquor deve ser encaminhado imediatamente para o laboratório. E o Lacen (Laboratório Central) está pronto para fazer o diagnóstico. Não se pode demorar dias”, ressalta.

De acordo com os dados da SES, em 2007, dos 269 casos registrados, sete foram a óbito. Este ano já foram registrados 74 casos, sendo mais da metade sem diagnóstico. Apenas um caso foi identificado como do tipo meningocócica, em Eldorado. Dezesseis casos foram do tipo virótica. Até agora foram 4 óbitos, sendo dois de crianças menores de 5 anos.

Para o diretor de Vigilância em Saúde, é preciso diagnósticos corretos para se definir estratégias de ação. Por enquanto, segundo ele, os números apresentados até agora estão dentro da normalidade, não há surto. “Se a criança está com o calendário de vacinação em dia e está bem nutrida, ela não corre risco. É importante alertar os pais que não existe uma vacina única, que vai proteger de todos os tipos da doença”, esclarece Barros.

O que é a doença

As meninges são membranas que recobrem o cérebro e a coluna vertebral. As meningites são infecções que acometem estas membranas. Vários são os agentes etiológicos: bactérias, vírus, fungos e parasitas.

O que ocorre: quando as meninges são atacadas por um microorganismo o corpo reage com suporte de leucócitos (células de defesa) para a região das meninges, lá a reação entre as células de defesa e o agente infeccioso causa uma reação inflamatória.

Esta reação inflamatória é característica pelo aumento do número de leucócitos e formação de anticorpos contra aqueles agentes. E é demonstrada através do líquor cefalorraquidermo que se obtem através da punção lombar.

Quais os sintomas: febre alta e persistente, dor de cabeça, vômitos em jato e rigidez de nuca são os sintomas principais em crianças acima de um ano de idade. Em recém-nascidos a suspeita diagnóstica torna-se mais difícil, em geral, choro irritado, hipoatividade, hipo ou hipertemia e gemência devem chamar a atenção para um possível diagnóstico.



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