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"Não fui pressionado", diz Serraglio

Raíssa Abreu /Agência Senado - 29 de março de 2006 - 20:43

O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, afirmou, nesta quarta-feira (29), que, ao contrário do que vinha sendo informado pela imprensa nos últimos dias, ele não sofreu qualquer espécie de pressão para fazer modificações no relatório final da comissão.

- Esse relatório não foi negociado com o governo. Isso é criação cerebrina, são elocubrações. Não fui pressionado por ninguém - desmentiu ele.

Serraglio reforçou sua disposição em modificar o texto até a próxima terça-feira (4), quando ele será votado, caso seja convencido de que isso é, de fato, necessário.

- Posso ceder, desde que isso não signifique abrir mão da minha convicção. Não cabe a mim minimizar a situação em que as pessoas estão. Não condeno ninguém, mas não posso ser alcunhado de prevaricador - ponderou ele.

Sugestões de modificações são esperadas nos próximos dias, quando o documento será discutido. Parlamentares da oposição vêm manifestando sua intenção de apresentar voto em separado para garantir que o relatório recomende o indiciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por responsabilidade no esquema do mensalão. No texto original, Serraglio admite que o presidente sabia do pagamento de propina a deputados, mas ressalva não há provas de que ele não tenha tomado providências.

Serraglio frisou, entretanto, que as comissões parlamentares de inquérito não têm a prerrogativa de indiciar ninguém.

- Nós só fazemos sugestões de indiciamento. Nem a tipificação que nós recomendamos tem valor. Quando o Ministério Público recebe esses documentos, é como se ele estivesse recebendo um jornal com informações. A instituição deve estudar os fatos, ver como eles estão comprovados e, daí sim, dar o encaminhamento que considerar adequado - esclareceu.

Alívio

Para o senador Delcídio Amaral, presidente da CPI dos Correios, "as coisas estão até calmas demais".

- Ontem, eu mesmo achava que ia ser uma carnificina... As perspectivas para essa reunião eram as piores possíveis. Hoje, no entanto, estou sentindo um clima favorável. Não posso garantir que venhamos a aprovar o relatório, mas há uma boa vontade, tanto por parte da oposição quanto do governo - observou ele.

Raíssa Abreu /

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