Sob a presidência da juíza Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, o 1º Tribunal do Júri de Goiânia, por unanimidade de votos, absolveu o músico José Mendes do Carmo, de 43 anos, da morte do comerciante Lúcio do Carmo Borges, então com 39 anos. O crime ocorreu na noite de 5 de fevereiro de 1996, no comércio de propriedade da vítima, localizado na Avenida Sol Nascente, Jardim Nova Esperança. Durante o julgamento, realizado ontem (10) o Ministério Público de Goiás retificou sua tese e postulou a absolvição de José, por entender que ele agiu em legítima defesa. A defesa, por sua vez, acompanhou os argumentos ministeriais.

Segundo a denúncia, os dois se encontraram na casa de uma amiga do réu, que, no entanto, era namorada da vítima. Na ocasião, os dois, que não se conheciam, acabaram discutindo. Pouco depois José e Lúcio voltaram a se encontrar, oportunidade em que brigaram, tendo o músico dado um tiro na cabeça da vítima, que morreu no local. Durante o interrogatório, José disse que a briga foi em razão de Lúcio pensar que ele tinha algum envolvimento amoroso com sua namorada, o que não era verdade.


Entregador Pega 14 anos


Em sessão realizada anteontem (9), o 2º Tribunal do Júri de Goiânia condenou o entregador Miguel Magno Rezende Moreira, o Miguelzinho, de 22 anos, a 14 anos de reclusão por ter matado o desempregado Cleuber Pereira de Oliveira Júnior, 20, na madrugada de 21 de setembro de 2004, no Jardim Marilisa. De acordo com o juiz André Avancini D’Ávila, que presidiu o julgamento, Miguel cumprirá a pena em regime inicialmente fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães.

Relata a denúncia que a vítima era usuária de drogas e que havia comprado uma lata de merla de Miguel, tendo efetuado o pagamento com uma nota falsa. Inconformado com o fato, o entregador decidiu se vingar e para isso foi à casa de Cleuber, que, ao chegar ao portão, foi alvejado por tiros dados pelo réu. (Sheila Cavalcante)