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Multas por embriaguez ao volante atingem recorde em MS

Fernanda Mathias - Campo Grande News - 20 de outubro de 2008 - 10:29

As multas por embriaguez ao volante atingiram um recorde histórico no mês de setembro em Mato Grosso do Sul: 113 condutores foram autuados pela infração, considerada gravíssima.

Na Capital, que este mês conta com mais equipamentos para apurar o nível de alcoolemia dos condutores, os números também estão aumentando, o que frustra a perspectiva da Polícia de Trânsito, de que os condutores se intimidassem com a Lei mais rigorosa para condutores embriagados.

O subcomandante da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito), capitão Edgar Almada, afirma que a previsão era que os flagrantes de motoristas embriagados diminuíssem, uma vez que desde junho a tolerância passou a quase zero (0,1 miligramas de álcool por litro de sangue) e foi imposta multa administrativa de R$ 955,00, além da suspensão do direito de conduzir por um ano. Já quem é flagrado com mais de 0,3 mg/litro de sangue responde a processo criminal.

Porém, os números de autuações indicam que a Lei Seca não está intimidando tanto quanto se esperava. Em agosto foram flagrados pela Ciptran 24 condutores embriagados e 14 foram presos. Em setembro foram 25 flagrantes e 12 presos. Este mês, até ontem, foram 24 notificações e 11 prisões. É preciso levar em conta que desde o começo deste mês a Ciptran conta com quatro novos bafômetros e antes só tinha um, o que proporcionou fiscalização mais intensa. Nas rodovias todos os dias são flagrados condutores embriagados, segundo os boletins.

O capitão da Ciptran ressalta que o álcool é responsável por grande parcela dos acidentes. Dados nacionais, da Abramet (Associação dos Médicos de Trânsito), apontam que está envolvido em cerca de 40% das mortes de trânsito.

“Acima de 300 mls de qualquer substância alcoólica já reduz a percepção visual e auditiva do condutor”, alerta o capitão. Segundo ele, o condutor perde a noção de controle da velocidade, fica com reflexos mais lentos e coordenação motora prejudicada. “Aumenta o tempo de reação a qualquer situação no trânsito”, explica.

Em um estágio mais avançado de embriaguez, a situação se agrava: o condutor fica sonolento, com fadiga e desatento ao trânsito. Almada alerta os condutores que os acidentes com mortes envolvendo condutores alcoolizados já são interpretados como homicídios dolosos (com intenção) e os indicativos vão no sentido de que a Justiça deve julgar os processos com este entendimento.

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