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Mulheres são quase 60% da força de trabalho do Judiciário de MS

TJMS - 01 de abril de 2015 - 08:13

No mês de março se comemorou o Dia Internacional da Mulher. Mantendo-se firme frente às adversidades, a mulher conquistou o mercado de trabalho. Prova disso pode ser vista no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, que tem hoje 3.320 servidores, dos quais 1.947 são mulheres – o que significa dizer que 58,64% do quadro funcional é composto por mulheres.

Não se pode negar que a participação na força de trabalho vem da valorização das características femininas como competência, sensibilidade e visão ampla de situações que exigem a delicadeza para resolução de problemas.

Das 1.947 mulheres atuantes na justiça de MS, 1.417 estão em 1ª instância e 530 em 2º grau. Os números mostram também que 1.898 são efetivas e apenas 49 são comissionadas. E mais: entre as concursadas e comissionadas, em 1ª instância, existem 1.074 analistas judiciárias, 77 técnicas de nível superior, 26 escrivãs, 35 distribuidoras/partidoras, 38 auxiliares judiciárias, 164 agentes de serviços gerais e uma perita avaliadora.

Em segundo grau trabalham 393 analistas judiciárias, 34 técnicas de nível superior, 21 auxiliares judiciárias, 33 agentes de serviços gerais, uma assessora de inteligência, três assessoras jurídico-administrativas, uma ajudante de ordem, 10 assessoras de juiz, 33 assessoras de desembargador e uma assessora de projetos especiais.

Não se pode esquecer que compõem a justiça sul-mato-grossense 49 juízas e duas desembargadoras, o que significa dizer que em um universo de 198 magistrados, 25,75% são mulheres judicando. A Desa Maria Isabel de Matos Rocha e a juíza Mariel Cavalin dos Santos fazem parte desse percentual tão restrito.

Para a desembargadora, a mulher conquistou mais espaço no campo educacional, mas sua participação ainda é pouco significativa no que se refere a cargos eleitorais. “Nos cargos de maior expressão não temos ainda um número de destaque, mas acredito que chegaremos lá. Temos que continuar firmes e não desistir”.

Maria Isabel destacou também que há avanços importantes como a Lei Maria da Penha e no direito de família, como a guarda de filhos e pensão, embora algumas mudanças sejam culturais e mais difíceis de serem mudadas.

Para Mariel, titular da 1ª Vara em Aparecida do Taboado, o avanço feminino é resultado do toque de sensibilidade, do olhar diferenciado, que é inerente ao gênero. “Com grande orgulho tenho constatado a eficiência, a desenvoltura e o destaque da mulher nos mais variados ramos de atuação profissional da sociedade moderna. Não podemos esquecer, porém, que tais conquistas são devidas àquelas mulheres que nos antecederam: bases sólidas que nos proporcionaram a segurança e a crença de que é possível”, disse ela.

A juíza cita o aumento do número de mulheres que atuam como operadoras do Direito. “A mulher já atingiu o cargo de desembargadora e o número de juízas tem aumentado expressivamente nos últimos concursos, o que demonstra a dedicação ao estudo e a perseverança, apesar das dificuldades enfrentadas com jornadas duplas profissionais e familiares. No meu entendimento, tal conquista representa, para os jurisdicionados, segurança, experiência, sem perder a serenidade inerente à pessoa do gênero feminino, senão pela maturidade, cientificamente comprovada, então pela maternidade que é possibilitada por dom de Deus”.

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