O grupo mais viciado em jogos de azar no Brasil é de mulheres entre 40 e 60 anos, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Jornal Hoje. O levantamento mostra que a maioria delas é viciada nos jogos com máquinas de caça-níqueis.

A Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro possui um setor para atendimento gratuito das pessoas viciadas em jogos e o maior número de pacientes é justamente de mulheres. O tratamento inclui terapia e remédios.

Segundo a médica Elizabeth Carneiro, as pacientes, freqüentemente, estão passando por um momento de transição de vida. "Alguns filhos muitas vezes não estão mais em casa ou não encontram mais satisfação nas atividades cotidianas", explicou.

O maior problema do vício são as dívidas acumuladas. Muitas mulheres acabam recorrendo a financeiras. Segundo a pesquisa, 50% das viciadas em jogo pedem dinheiro emprestado nesses estabelecimentos. Elas também contraem dívidas com bancos, agiotas, cartão de crédito ou com parentes, mesmo sem o consentimento deles.

O tratamento, na maioria dos casos, tem resultado positivo. Os médicos, no entanto, alertam que a família é fundamental na recuperação dos dependentes de jogo.





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