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Mulheres pedem atendimento especial do SUS

Alessandra Bastos/ABr - 14 de março de 2006 - 20:46

Acolhimento é a palavra-chave para algumas participantes do Seminário Nacional de Controle Social nas Políticas de Saúde para as Mulheres, que reúne governo e sociedade no debate sobre questões como direitos sexuais e direitos reprodutivos. Para elas, saúde feminina vai além da consulta médica. O debate começou hoje (14) e termina amanhã, em Brasília.

A violência contra a mulher é um assunto destacado por Rossi Figueira, conselheira de Defesa e Direitos da Mulher do estado de Roraima. Para ela, o tratamento nos casos de violência não se reduz aos hospitais, mas começa pela polícia ao receber uma denúncia. "Os policiais antigamente, muitas vezes, ajudavam a desmoralizar a mulher com perguntas indiscretas e até mesmo toques. Hoje eles sabem que o papel deles é ajudar aquela mulher vitimizada", diz.

A conselheira de Roraima afirma que as políticas públicas para melhorar a saúde da mulher precisam passar pelo treinamento dos profissionais para um atendimento especializado e diferenciado. Para a chefe do serviço de Saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Lúcia Matsuoka, desde a recepcionista até o médico devem saber como tratar, principalmente, as adolescentes grávidas.

"Muitas vezes o adolescente tem medo de entrar no serviço porque não sabe que tipo de acolhimento vai ter. As equipes de saúde, desde a recepção aos médicos, precisam de um preparo melhor. Hoje o adolescente vê o serviço de saúde como uma barreira ao invés de ser acolhido, de ter orientação e receber ajuda para resolver problemas", diz.

Lúcia Matsuoka afirma também que a melhoria de questões que hoje afligem as mulheres, como a gravidez de risco, muitas vezes podem ser resolvidas por meio da educação. "não temos nas escolas uma política ou projeto de educação sexual para orientar os adolescentes. A gravidez precoce ou indesejada precisa ser estudada com mais carinho".

Ela explica que, na adolescência, o organismo feminino ainda não está preparado e muitas vezes a gravidez é de risco. As participantes do seminário querem mais que o atendimento médico. "Muitas vezes a futura mãe também não está preparada emocionalmente", ressalta.

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