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Geral

Mudas para arborização estão fora dos padrões

Agência Notisa - 23 de junho de 2005 - 12:41

A arborização urbana e a implantação de florestas urbanas e, ou, jardins são medidas importantes para atenuar os efeitos da poluição, melhorar a qualidade do ar, absorver poeira e aumentar a qualidade de vida da população, de uma forma geral. No entanto, se a qualidade das mudas não for adequada, grande parte do sucesso do projeto de arborização pode ficar comprometida. É o que mostram pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa em um estudo realizado em 12 viveiros de Minas Gerais, sendo seis de instituições públicas e seis de particulares, entre os meses de outubro de 2001 e janeiro de 2002.

De acordo com artigo publicado na edição de julho/agosto de 2004 da revista Cadernos de Saúde Pública, “a esterilidade da vida urbana, fixada nas comodidades do concreto, precisa ser atenuada, uma vez que uma paisagem mais bonita torna saudável o ambiente e desperta influências psicológicas positivas, tendo como conseqüência a melhoria da qualidade de vida”.

Os pesquisadores constataram a existência de inúmeros problemas nos viveiros analisados. A análise da qualidade das mudas destinadas à arborização urbana no Estado de Minas Gerais indicou que alguns aspectos precisam ser melhorados, principalmente no que diz respeito ao diâmetro, à poda de formação e à altura mínima de 1,80 m, que contribuem com 59,69 % do problema. ”A altura mínima é um critério importante, pois diminui a quebra das mudas por pedestres mal educados, já que a implantação dificilmente é feita com a participação da comunidade e, como conseqüência, não há uma conscientização da importância das árvores no meio urbano”, explicam no artigo.

Segundo a equipe, de maneira geral não há uma preocupação com a qualidade das mudas, fato comprovado pelas altas porcentagens delas encontradas fora do padrão: “os tratos culturais que devem ser realizados para a adequada formação da muda para arborização não são feitos, ou porque não se sabe dessas técnicas (o que pode ser o caso dos viveiros particulares), ou porque não são considerados importantes pelos responsáveis pelos viveiros ou, ainda, devido ao maior gasto com mão-de-obra, pois muitos responsáveis reclamam da falta de pessoal”.

Dessa forma, os pesquisadores alertam para a necessidade de a produção ter uma conotação mais comercial, pois a muda vai para o meio urbano e lá recebe agregação de valor. Além disso, eles ressaltam que é importante levar em consideração as diversas formas e características das diferentes espécies, para que as medidas adotadas dêem resultados.

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