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MT - Vítimas da "Simulação da PM” ainda internadas

Eduardo Ramos, de Rondonópolis/24horasnews - 27 de maio de 2007 - 08:41

Apenas quatro das doze vítimas da ‘Simulação da PM’, ocorrida na manhã deste sábado, continuam internadas no Hospital Regional de Rondonópolis. O caso mais grave é o da professora Purcina Adriano Ferreira, que está sendo mantida sob observação no Box de Emergência. Ela foi atingida no olho por um fragmento de bala que continua alojado no crânio. Não há risco de morte, mas existe a possibilidade de que ela perca a visão parcial ou totalmente.

Também continuam internados o soldado da PM Gilberto Carlos Pires do Nascimento, 29, e os menores Willian César Arruda Batista,10 e Jéssica Gonçalves Silva,09, todos no setor de enfermaria. As duas crianças estão juntas na ala pediátrica e têm o acompanhamento constante de parentes.

O secretário de Segurança, Carlos Brito, foi categórico ao admitir que houve negligência da PM na tragédia ocorrida ontem no Jardim das Flores. Em entrevista coletiva, com a participação do comandante geral da PM, coronel Campos Filho, do comandante regional, Wilquerson Sandes, e representantes do Ministério Público, Prefeitura e Câmara Municipal de Rondonópolis. Brito informou que foram abertos dois inquéritos, um civil e um militar, e que o Governo espera concluir as investigações no prazo máximo de 30 dias.

“O que ocorreu é inadmissível e injustificável. Está evidenciado que houve, no mínimo, negligência e a determinação expressa pelo governador Blairo Maggi é de que tudo seja apurado com rigor. Haverá a responsabilização e a punição dos responsáveis”, assegurou Brito.

Os seis policiais envolvidos diretamente no episódio foram afastados das funções e estão sendo ouvidos por representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e do Ministério Público. As armas utilizadas por eles também foram apreendidas e serão submetidas à perícia. O objetivo é identificar qual arma estava carregada com munições reais e, à partir disso, estabelecer as responsabilidades.

A avaliação preliminar é de que os procedimentos de segurança não foram cumpridos. Além da triagem feita no setor de armas e munições, os próprios policiais são obrigados a vistoriarem entre si os equipamentos a serem utilizados nas simulações. A suspeita é de que a falha ocorreu numa dessas etapas.

Carlos Brito mostrou-se cético quando a possibilidade de que tenha havido sabotagem. A hipótese chegou a ser aventada nos bastidores, devido a turbulência existente na corporação após a recente troca de comando e os embate envolvendo a negociação salarial dos policiais. “Não vemos motivação para uma sabotagem em algo tão grave assim. Os membros da Polícia Militar, em toda sua história, jamais tiveram comportamento dessa ordem. Então pela historicidade existente fica difícil acreditar nisso, mas tudo será devidamente apurado nos inquéritos policiais”.

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