A gripe aviária assusta, avança na Europa e mobiliza o mundo para ações preventivas. O Ministério da Saúde integra o Plano Brasileiro de Preparação para a Pandemia de Gripe, lançado no ano passado e que já mantém 66 unidades de saúde chamadas de "unidades-sentinela" em quase todos os Estados, duas delas em Mato Grosso do Sul. São hospitais e laboratórios preparados para sinalizar e notificar de imediato qualquer suspeita de contaminação pelo vírus H5N1. O coordenador de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage afirma que o momento é o de atenção maior das autoridades de Saúde e também da Agricultura.

"Essa expansão que tem ocorrido nos países da Europa ela tem se dado muito em aves migratórias. Os países da Europa que recentemente foram afetados com o H5N1 não foram em aves domésticas. Ou seja, não tem havido de uma forma intensa disseminação nas aves domésticas nos países da Europa. A disseminação em aves domésticas está quase restrita ainda nos países da Ásia, principalmente Sudeste asiático. Agora, obviamente que a presença desse vírus - o H5N1 - em outros países como esses da Europa que tem fluxo turístico de pessoas e de bens, de mercadoria, com o restante do mundo é motivo para que, se não para entender, mas para que todas as autoridades tanto da área da Saúde quanto da Agricultura adotem medidas, como as que estão sendo adotadas aqui para nos prevenir em relação a uma possível pandemia."

O Ministério da Saúde já liberou recursos para que o Instituto Butantan apresse as pesquisas para produção da vacina contra a influenza até o final deste ano.

De Brasília, Leilane Alves