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MSU reinvidica acesso ao ensino superior

Marina Domingos/ABr - 12 de setembro de 2004 - 11:00

Cerca de nove milhões de estudantes vão terminar o ensino médio em escolas da rede pública, em 2004. Mas, pelo menos, dois milhões não poderão freqüentar o ensino superior por falta de recursos para pagar a taxa do vestibular ou por saberem que ao passar, não poderão se manter no curso, mesmo que seja numa universidade pública.

Essa é uma realidade que o Movimento dos Sem-Universidade (MSU) quer deixar para trás. O grupo reivindica a democratização do acesso às universidades brasileiras, a isenção das taxas dos vestibulares para alunos de escolas públicas e a criação de mais vagas nas universidades públicas. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do MSU, Sérgio Custódio, revela que a condição de baixa renda não deve ser motivo de vergonha para nenhum aluno que deseja entrar no ensino superior.

Segundo ele, a maior dificuldade que esses estudantes enfrentam é ter de comprovar a situação de pobreza para conseguir a isenção das taxas. “Onde fica a auto-estima do estudante numa hora dessas? É uma lembrança que ele levará para o resto da vida”, disse Custódio.

Para o coordenador, o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ter cursado uma faculdade pode facilitar a adoção de políticas públicas para melhorar o acesso dos mais pobres a educação superior. “Acreditamos no compromisso que ele tem com o povo da periferia”, concluiu.

Agência Brasil: Quem vocês representam?

Sérgio Custódio: Diretamente pelo menos um milhão de pessoas estão sem universidade no Brasil. A gente busca representar esse pessoal, os sem-universidade no Brasil, pessoas que estão às portas de entrar na universidade e não conseguem ter esse direito garantido. Isso é um fato novo na história do Brasil. Por outro lado, a partir dos 20, 30 anos, por conta da necessidade de educação profissional, muita gente tem esperança de ir para universidade, hoje, no Brasil. É um universo de dois milhões de pessoas.


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