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Geral

MST e PT divergem sobre metas de assentamento rural

Agência Câmara - 13 de abril de 2005 - 14:04

O coordenador do MST João Pedro Stedile e lideranças do PT manifestaram opiniões divergentes sobre a capacidade de o Governo cumprir as metas de assentamento do programa de Reforma Agrária para este ano. Stedile participou hoje de reunião do Núcleo Agrário do PT para discutir o panorama da Reforma Agrária e conhecer a pauta da Marcha Nacional pela Reforma Agrária.
O líder do MST afirma temer que a promessa do Governo Federal de assentar 430 mil famílias até o fim da atual gestão não seja cumprida. Ele reclamou do que chama de "Reforma Agrária em passo de tartaruga". O líder do Governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), não concorda com as críticas de Stedile. Segundo ele, ainda que as 430 mil famílias não sejam assentadas, o Governo vem trabalhando para dar condições de sustento às famílias já assentadas. "Desde a campanha, o então candidato Lula dizia que, mais importante que números de assentamento impressionantes, seria dar garantia para quem já estivesse assentado, para que tivesse condições de produzir. Há cerca de 500 mil assentados pelo Governo passado para os quais o atual Governo vem procurando criar melhores condições, porque, do contrário, pode-se transformar o campo em favela."

Intermediação de negociações
Segundo o coordenador do Núcleo Agrário do PT, deputado Orlando Desconsi (RS), é possível que o Governo assente todas as 430 mil famílias até o fim de 2006. Para isso, o deputado acredita que é fundamental que a Câmara sirva de intermediária entre o MST e o Governo Federal. Desconsi afirmou que fará reuniões com a presidência do partido para começar essa intermediação entre PT e MST.

Marcha pela Reforma Agrária
De acordo com o líder do MST, até o momento 11,5 mil pessoas já estão inscritas para a Marcha, que deve sair de Goiânia no dia 2 de maio, e chegar em Brasília no dia 16. O grupo vai ficar acampado no Parque da Cidade e fará manifestações em prédios do Governo. Stedile explica quais serão as reivindicações da Marcha: "A Marcha vai pedir mudança na política econômica. Nós queremos que o Governo baixe a taxa de juros e que use o superávit primário não para pagar banqueiro, mas para programas sociais, como Reforma Agrária, educação e moradia. Também queremos que a economia seja voltada para as necessidades do povo."


Reportagem - Paula Bittar
Edição - Paulo Cesar Santos

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