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MST deve iniciar hoje desocupação de fazendas em MS

APn - 12 de abril de 2004 - 10:56

O governador Zeca do PT, em reunião com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Mato Grosso do Sul, Luiz Carlos Bonelli, obteve o compromisso de desocupação das seis áreas invadidas no Estado. A desocupação deve começar nesta segunda-feira, ao mesmo tempo em que o governador vai propor ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao Incra o repasse ao Estado dos recursos alocados para aquisição de terras.

A transferência dos recursos aos estados, segundo Zeca, transpõe entraves burocráticos e pode acelerar o processo de assentamento. Em Mato Grosso do Sul, a meta é assentar seis mil famílias este ano, sendo três mil ainda no primeiro semestre. A coordenação do MST assumiu o compromisso de desocupação diante do entendimento político proposto pelo governador Zeca.

Nesta segunda-feira, segundo o entendimento, será desocupada a fazenda Santa Rosa, em Angélica, na próxima quarta-feira a fazenda Boa Vista, em Sidrolândia, e, sucessivamente, Vista Alegre, em Novo Horizonte do Sul, Aruanã, em Jardim, Boicará, em Caarapó e, finalmente, a fazenda Nova Espadilha, em Eldorado.

Na terça-feira passada, o governador Zeca, acompanhado do secretário de Estado de Coordenação Geral do Governo, Paulo Duarte, do secretário Valteci Ribeiro de Castro Júnior (Mineiro), do Desenvolvimento Agrário, e Dagoberto Nogueira Filho, de Justiça e Segurança Pública, deu prosseguimento aos entendimentos em reuniões com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). A reunião com o MST aconteceu na segunda-feira passada (5 de abril).

O governador Zeca disse que vai insistir em Brasília na necessidade de descentralizar os recursos para aquisição de terras, observando que até agora nenhuma família ligada ao MST foi contemplada pela reforma agrária nos últimos anos.

Zeca assegurou que, diante do compromisso e do entendimento político, o governo do Estado continuará prestando assistência às famílias acampadas. "Foi uma reunião importante para distencionar o problema agrário, pois as invasões acabam prejudicando o processo de reforma, além de gerar intranqüilidade e instabilidade política", disse o governador Zeca.

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