As cidades de Camapuã, Sonora, Costa Rica, Jaraguari e Bandeirantes vivem um surto de raiva bovina, atípico em função do período, segundo o coordenador estadual do Programa de Combate à Raiva pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária e Vegetal), Ademar Etiro Mori.

Ele afirma que em alguns municípios as mudanças provocadas por atividades econômicas no ecossistema já deixavam a previsão de maior incidência da doença, mas como a proliferação é ligada ao ciclo reprodutivo dos morcegos a perspectiva era que isso ocorresse somente em meados de abril a junho.

A orientação aos proprietários de fazendas nesta região afetada é que, ao perceber ataques por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), vacinem seus rebanhos. “É bobagem perder de 30 a 40 animais por não aplicar uma vacina que custa R$ 0,38 a dose”, analisa Ademar.

O número de focos por município tem oscilado de um a três e em algumas propriedades o número de animais mortos chega a 40, como caso confirmado em Costa Rica, na região de Paraíso. Mutirões da Iagro promovem o controle populacional do morcego, aplicando veneno nos animais que acabam o levando para seus abrigos e matando um número grande de morcegos.

Os sintomas de animais infectados são perda de equilíbrio nas pernas traseiras e ausência do apetite do animal. A doença atinge o sistema nervoso matando o animal em 3 a 4 dias após a manifestação.