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MS teve 2ª maior alta da pecuária em março

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 23 de abril de 2004 - 10:20

Mato Grosso do Sul teve a segunda maior variação do COT (Custo Operacional Total) da pecuária brasileira no mês de março, segundo aponta pesquisa desenvolvida pela CNA (Confederação Nacional de Agricultura). A alta foi de 0,60%, menor apenas que a registrada no Estado de São Paulo, de 1,04%. A média nacional foi de 0,39%. No acumulado deste ano, o aumento do COT pecuário em Mato Grosso do Sul foi de 2,43% enquanto o preço da arroba bovina caiu 4%. Os abates no trimestre saltaram quase 15% e alguns analistas de mercado atribuem esse aumento de oferta a uma tentativa de capitalização pelo produtor.
Conforme indica a pesquisa, em nenhum dos três Estados pesquisados no Centro Oeste – MT, MS e GO – houve variações de preços muito expressivas. Mesmo os reajustes médios dos insumos para cercas foram inferiores a 2,3%. Em Goiás, o maior aumento esteve associado às sementes (2,4%), insumo que teve seu preço reduzido nos outros dois Estados. No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, a exemplo de São Paulo, chama a atenção a alta de 3% do preço médio do adubo, que pode afetar em até 13% os custos da pecuária extensiva sul-mato-grossense.
Os insumos para construção e manutenção de cerca e outras instalações aumentaram 3,3% na média dos nove Estados pesquisados, em março, enquanto os custos gerais da construção civil cresceram 0,8%. A alta variação dos preços dos insumos associados à construção e reforma de cercas se deve especialmente ao reajuste do aço industrial, em fevereiro e março, em função da maior demanda chinesa pelo produto brasileiro. O preço do arame aumentou, sem exceção, nos Estados analisados e o aumento das forrageiras chegou a 13%.
O aumento do salário mínimo pode também trazer impactos nos custos da pecuária, alerta a pesquisa. Nos custos efetivos, a mão-de-obra representa 27% e nos totais 20%. Embora em todas as regiões da pesquisa, o trabalhador ganhe entre R$ 350,00 e R$ 900,00 mensais, existe uma forte indexação entre os salários pagos na atividade e o salário mínimo. Dessa forma, uma alta acentuada agravará a elevação dos custos da atividade pecuária.

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