As condições de saúde, educação, renda e violência para a juventude foram comparadas pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura) em todo o Brasil e Mato Grosso do Sul foi apontado como o 9º melhor IDJ (Índice de Desenvolvimento Juvenil). As melhores condições para o jovem viver foram encontradas em Santa Catarina, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
Contribuiu para o bom resultado de MS o acesso ao ensino- o estado foi considerado 8º menor índice de analfabetismo e classificado como nona melhor estrutura de educação. Em nível nacional, e também no Estado, o número de garotas é superior ao de rapazes estudando.
Por outro lado, o Estado tem o maior percentual de jovens de 18 a 19 anos sem ocupação (28,8%) e está em nono no número de jovens que morreram de forma violenta- 84,82 para cada grupo de 100 mil jovens. A renda entre jovens é a oitava do País.
Para compor o Relatório de Desenvolvimento Juvenil de 2003 e formar o IDJ, a Unesco avaliou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, do Subsistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde e do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico, do Ministério da Educação. O resultado foi divulgado ontem em Brasília.
Entre os pontos que foram destacados no estudo estão as baixas taxas de analfabetismo entre os jovens (4,2%), mas distribuição desigual, com extremos em Santa Catarina ou Amapá (1%) e Alagoas, com 15,4% de jovens na faixa dos 15 aos 24 anos analfabetos; a desigualdade entre brancos e pretos e pardos na renda e acesso ao ensino.
A Unesco adverte o governo brasileiro para a necessidade de investir mais em educação, apontado que 4,2% dos que têm de 15 a 24 anos estão sem estudar. Só no Sul e no Sudeste a média de oito anos de estudo foi superada, aponta a Unesco.