A população de Mato Grosso do Sul deve redobrar os cuidados para minimizar os estragos causados pela dengue. O estado corre risco de sofrer uma epidemia da doença. Em oito municípios a situação é crítica. Foram registrados, oficialmente, trinta mil casos da doença. Só este ano, dezessete pessoas morreram. O diretor de vigilância em saúde da secretaria de saúde de Mato Grosso do Sul, Eugênio Barros, explica que o calor contribui bastante com a situação, mas a população também é responsável.

"Nós temos muita chuva, desde a virada do ano, muito calor, e temos presença do vetor, que é o Aedes Egypit, e temos um comportamento da população que a gente não consegue modificar que é essa coisa do lixo doméstico espalhado. E você vê que ainda que haja coleta de lixo, a população oferece condições favoráveis aos mosquitos para se reproduzirem."

O diretor de vigilância em saúde da secretaria de saúde do Mato Grosso do Sul observa que a grande movimentação de pessoas pelo estado aumenta ainda mais o risco da doença se espalhar pelo estado.

"O que a gente observa é que está circulando. Vai de um município para outro, entendeu?! As pessoas se mobilizam muito hoje em dia. É fácil o deslocamento. Então, município que nunca teve ou que teve pouquíssimos casos, agora tem pequenas epidemias. Aqui, ali... E somando você chega nesse número aí de quase quarenta mil casos."

Ainda de acordo com o diretor de vigilância em saúde, Eugênio Barros, a secretaria de saúde tem colocado agentes nas ruas para visitar as casas a cada dois meses. Eles orientam a população a não deixar água parada acumulada, a recolher o lixo adequadamente e não deixar reservatórios a céu aberto, que podem servir de criadouro para o mosquito transmissor da dengue. Segundo Eugênio, antes de aplicar o inseticida ou fumacê, é preciso acabar com os focos do Aedes Egipty. Só assim será possível acabar com a epidemia.