Mato Grosso do Sul tem tudo para despontar como um dos principais produtores de leite do País. A afirmação é do chefe-adjunto de Comunicação e Negócios da Embrapa Gado de Leite, Marne Moreira de Paula, que está em Campo Grande para o 4º Congresso Internacional de Leite. O evento, que será oficialmente aberto às 20 horas, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, com presença do ministro de Agricultura, Abastecimento e Pecuária, Roberto Rodrigues, é promovido pela Embrapa Gado de Leite em parceria com o governo de Mato Grosso do Sul e outras entidades.
A expectativa é que os seminários, workshops e eventos paralelos agreguem conhecimento e se tornem um marco na pecuária leiteira do Estado. “Campo Grande será nesses dias a Capital da Pecuária de Leite”, diz Marne. Participam autoridades de todos os Estados e também de sete outros Países. O evento vai até o dia 7 de novembro.
Marne afirma que a pecuária de leite tem caminhado a passos largos no cerrado e um grande exemplo de guinada no setor é o Estado de Goiás, que foi o primeiro a receber o Congresso. Hoje Goiás é um dos principais produtores de leite, ao lado de grandes centros como São Paulo e Minas Gerais.
O principal desafio para que os produtores de Mato Grosso do Sul atinjam uma condição mais expressiva na produção é a organização, segundo o técnico. A partir do ano que vem o setor será mais cobrado pela IN (Instrução Normativa) de nº 51, que estabelece parâmetros de qualidade na produção de leite e determina procedimentos como a refrigeração. Para atender às essas exigências, os pequenos terão de se organizar, como já ocorre em alguns municípios, onde são implantados tanques comunitários, por associações. Unidos e com escala de produção maior, esses pequenos também podem ter barganha na negociação com os laticínios, diminuindo a sazonalidade de preços da entressafra para a safra. “O consumidor exige leite de qualidade”, afirma Marne.