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MS - Morre o empresário e compositor, Arandas Júnior

Luis Junot - 11 de abril de 2007 - 10:33

Morreu hoje (11.04), pela manhã o empresário e compositor, Arandas Júnior.
Ele adotou Campo Grande depois que veio a convite, na década de 80, animar um carnaval com seu trio elétrico
Arembepe. Casado com a jornalista Rose Arandas, pai de um filho, ele morava em Campo Grande, onde costumava receber os antigos companheiros dos palcos da vida. "Essa Campo Grande, essa Morena tem me dado muitas
inspirações", dizia.

Breve histórico do artista
(Por Fausto Brites)
Aos dez anos de idade ele pegava às escondidas o violão do pai, pastor da Igreja Batista em Salvador (BA), e,
dedilhando o instrumento, fazia brotar versos aos borbotões. Tudo isso, sob o olhar carinhoso de sua mãe, a exímia
pianista Geruza. Quarenta e três anos depois, o baiano - filho caçula de uma sergipana com um pernambucano -
que foi registrado em cartório como Hercílio é conhecido pelo sobrenome que adotou como nome artístico: Arandas
Júnior. Seus intérpretes são dos mais diferentes estilos, desde o romântico Peninha, passando por Angélica,
Milionário e José Rico, Rick e Renner, Bandamel, Boquinha da Barraca, Genival Lacerda, Élson, Margareth
Menezes, Moacyr Franco, entre outros nomes consagrados artisticamente.
Ele contabilizou pelo menos 400 composições de sua autoria, interpretada por outros, e umas 170 que gravou em
parceria. Apesar de todo esse sucesso - inclusive tendo uma de suas composições recebido a voz de Moacyr
Franco -, Arandas Jr. estava voltado, atualmente, para composições gospel.
Com orgulho, lembrava-se do pai que aos 94 anos ainda hoje sai pelas ruas de Salvador distribuindo folhetos com
mensagens evangélicas. Arandas contou ao jornalista Fausto Brites, em sua última entrevista publicada no
domingo (08.04), no Jornal Correio do Estado que tinha algumas composições prontas como "A Segunda Volta de
Cristo", "Só Jesus me Conduz" e "Mais Perto Quero Estar meu Deus, de Ti".
Ao lembrar dessa trajetória no mundo artístico, Arandas Jr. disse que decidiu, pela arte, renunciar à carreira de
policial - era delegado - e professor na academia da categoria. Percorreu países, divulgou seu trabalho e se tornou
bastante requisitado para compor. Essa sua escolha acabou dando bons resultados, oferecendo aos fãs de Rick e
Renner, por exemplo, a música "Seguindo em Frente", dele e de Peninha que, segundo ele, a própria dupla já
regravou.
Na voz de Elson (intérprete de Talismã), fez sucesso a sua composição Jeito Atrevido. "Depois gritar de tanto amar/ Ilaê, ilaê, ilaê, iê, iê, iê/" é um dos trechos que se tornaram ponto marcante entre os aficionados do artista. A composição "nasceu" nos Estados Unidos, mais precisamente na Califórnia. Com Milionário e José Rico, a
música "Amor Traquino" fez um grande sucesso.
Em 1989, Moacyr Franco gravou "A dor de uma Saudade - Não dá para ser feliz". De acordo com Arandas, era uma
composição sua em parceria com Nicéias Drumond. Conta que no dia em que iriam colocar voz, Nicéias
faleceu. "Não vai ter gravação? Agora que vou cantar como nunca. Foi essa a resposta do Moacyr, que acabou
gravando a música", conta.

NR: Arandas Júnior que estava viabilizando a vinda de Zezé de Camargo e Luciano, na próxima Festa do Peão de Cassilândia. Era muito amigo do conselheiro do Tribunal de Contas, José Ancelmo dos Santos. Por sinal, conheceu Cassilândia, como seu convidado.

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