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MS é uma das principais rotas para arrastadores

Fernanda Mathias / Campo Grande News - 02 de dezembro de 2004 - 12:35

De janeiro a outubro deste ano a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu 212 veículos com queixa de furto ou roubo em Mato Grosso do Sul. Além desses, outros 100 foram retidos, que não tinham queixa – provavelmente casos em que a vítima ainda estava rendida ou amarrada, de acordo com a PRF – dos quais 45 eram caminhões.
A média mensal de recuperação de veículos é de 20 a 25, segundo o responsável pelo Núcleo de Comunicação da PRF, Ademilson de Souza, a maioria procedente de estados como o São Paulo, Paraná e Goiás. Os números envolvendo o chamado “golpe do seguro”, em que o veículo é arrastado a mando do próprio dono para fraudar a seguradora, não estão computados, segundo explica Souza, porque até que ele registre o Boletim de Ocorrência do roubo ou furto não está caracterizado o crime, então essa estatística é somada à de outras irregularidades, como documentação pendente, por exemplo.
Por outro lado, a PRF atua somente em rodovias federais e os acessos pelas “cabriteiras” dificulta as ações de repressão. Na avaliação de Souza é preciso o fortalecimento da polícia tanto em recursos humanos quanto tecnológicos para que as ações na fronteiras sejam mais incisivas não só para fiscalizar o que entra nos Países vizinhos mas o que sai, tendo em vista a grande quantidade de armas e drogas vindas de fora. A utilização de chips em veículos, tecnologia que já é usada em maior escala em outros países, poderia garantir mais segurança aos proprietários de veículos e otimizar as buscas. O efetivo da PRF em Mato Grosso é de 360 policiais que tomam conta de 3.142 quilômetros de rodovias federais.
O comandante do DOF, coronel Geraldo Garcia Orti, ressalta que boa parte dos veículos roubados nos grandes centros acaba ficando na própria cidade, alimentando as indústrias de desmanches. Para ele, a função do DOF é estratégica por ser a última barreira entre os arrastadores e a fronteira, passada a PRF, Polícia Militar Rodoviária e Polícia Civil. A dificuldade que ele enxerga no trabalho diz respeito às limitações de estrutura, mas com a que dispõe considera que o trabalho tem sido eficiente. “Nossa capacidade material ainda não está perto do que precisa, mas ainda assim estamos fazendo um trabalho espetacular graças ao dinamismo das polícias”, acredita. Outro ponto favorável, segundo ele, é que o Plano Nacional de Segurança Pública contempla as regiões de fronteira com recursos que possibilitam o aumento da frota e outros investimentos para melhoria estrutural. Para Orti, bloquear as vias de menor fluxo e acesso, as cabriteiras, é um dos grandes desafios no combate ao desvio de veículos. Este ano o DOF apreendeu 31 veículos, dos quais quatro na fronteira com a Bolívia e 27 com o Paraguai. No ano passado foram 47 veículos de roubos e furtos, todos na fronteira com Paraguai. A Polícia Rodoviária Militar recuperou este ano nove veículos.

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